O tema da redação do Enem 2023 é “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”, divulgou o Ministério da Educação, nas redes sociais logo após o início da prova neste domingo (5).
Além da prova de redação, os candidatos inscritos no Enem responderam questões de linguagens e códigos e de ciências humanas.
A prova de redação exige a produção de um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política. O candidato deverá defender um ponto de vista apoiado em argumentos consistentes, estruturados com coerência e coesão, formando uma unidade textual.
Também deve elaborar uma proposta de intervenção social para o problema apresentado no desenvolvimento do texto. Essa proposta deve respeitar os direitos humanos.
O Enem deste ano recebeu mais de 3,9 milhões de inscrições em todo o país. Suas notas também são usadas nos processos seletivos de instituições públicas e privadas Brasil afora. Abaixo, a lista de temas do Enem nos últimos dez anos.
• 2022: “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil.”
• 2021: “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil.”
• 2020: “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira.”
• 2019: “Democratização do acesso ao cinema no Brasil.”
• 2018: “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet.”
• 2017: “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil.”
• 2016: “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil.”
• 2015: “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira.”
• 2014: “Publicidade infantil em questão no Brasil”
• 2013: “Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”
Tema será política do governo petista
O tema da redação vai de encontro a uma proposta do governo petista de elaborar uma ‘Política Nacional de Cuidados’.
Após o tema ser divulgado, Janja, esposa de Lula, celebrou: “Qdorei o tema da redação do #Enem 2023. Um tema difícil, porque a política do cuidado ainda é muito recente e o debate está só começando, mas é urgente e extremamente importante dialogarmos sobre a invisibilidade do trabalho de cuidado da mulher no Brasil”, escreveu Janja no Twitter.
Em maio deste ano, o governo criou o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), com participação dos ministérios do ‘Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome’, das ‘Mulheres’, da ‘Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, da Igualdade Racial, Anielle Franco, e do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.
O grupo interministerial terá a missão de formular um diagnóstico sobre a ‘organização social’ dos ‘cuidados’ no Brasil, identificando as políticas, os programas e os serviços já existentes.
A partir disso, deverão ser elaboradas propostas para a Política Nacional de Cuidados e para o Plano Nacional de Cuidados. O grupo foi Instituído oficialmente pelo Decreto n° 11.460 , por Lula.
“Queremos colocar o trabalho doméstico como parte fundamental da economia brasileira e como parte integrante de um país que se quer democrático. Estamos falando de conferir direitos e economia política em um momento de virada”, defendeu è época o ministro de Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.
“Apesar de ser uma demanda de todos nós, a responsabilidade pelo cuidado é distribuída de forma desigual na sociedade brasileira, deixando a maior parte para as famílias e, especialmente, para as mulheres”, disse a Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
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