Entre janeiro e 31 de outubro de 2024, o real brasileiro foi a segunda moeda que mais se desvalorizou em relação ao dólar, conforme levantamento da consultoria Elos Ayta para o portal ‘Metrópoles’. A moeda nacional apresentou uma queda de 16,21%, superada apenas pelo peso argentino, que recuou 18,40%.
Ao analisar apenas o mês de outubro, o cenário se repete, com o real ocupando novamente a segunda posição nas moedas com maior desvalorização, desta vez atrás do peso chileno.
No entanto, o fenômeno da desvalorização foi observado de maneira ampla, com apenas três moedas se valorizando em comparação ao dólar ao longo de 2024. Essas incluem o dólar de Hong Kong, a libra esterlina (do Reino Unido) e o rand sul-africano.
Na última sexta-feira (1º de novembro), a moeda americana continuou sua trajetória de alta frente ao real. Por volta das 13h, o dólar atingiu R$ 5,82, representando uma alta de 0,77%; logo antes, chegou a marcar R$ 5,83. No fechamento do dia anterior, 31 de outubro, a cotação do dólar estava em R$ 5,78.
Além da desvalorização em relação ao dólar, o real também enfrentou desafios significativos em sua comparação com o euro. Até outubro de 2024, a moeda europeia se fortaleceu, levando a uma cotação que chegou a R$ 6,24 em alguns momentos do mês. A alta do euro, em parte, se deve à recuperação econômica da zona do euro, que atraiu investimentos e causou um fortalecimento da moeda.
Analistas sugerem que a volatilidade do real em relação ao euro e ao dólar é reflexo de instabilidades políticas e econômicas internas, além de tensões globais que influenciam o fluxo de capitais. A instabilidade em mercados emergentes também impacta a confiança dos investidores, levando a um comportamento cauteloso em relação ao real.
Com a aproximação das eleições americanas e preocupações sobre a sustentabilidade fiscal no Brasil, o cenário para o real permanece incerto.
Economistas recomendam que o governo adote medidas para fortalecer a economia, aumentando a confiança dos investidores e estabilizando a moeda brasileira, a fim de evitar novas desvalorizações e promover um ambiente econômico mais favorável. E mais: Diretor da PF defende rever legislação sobre audiência de custódia contra o ‘prende e solta’. Clique AQUI para ver. (Foto: PixaBay; Fonte: Metrópoles)