O cenário político para as eleições presidenciais de 2026 já começa a se desenhar nas redes sociais, onde o engajamento de possíveis candidatos reflete suas forças entre os eleitores digitais.
Um levantamento exclusivo da Bites, encomendado pelo portal ‘Poder360’, analisou as interações no Instagram, Facebook e X entre 1º de janeiro e 10 de fevereiro de 2025.
O resultado aponta uma liderança expressiva de uma figura ligada à direita conservadora, que, com apenas três publicações, alcançou a impressionante marca de 271.181 interações.
Enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em terceiro lugar, com uma média de 84.215 interações, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) amarga a quinta posição, com 47.793 interações por postagem — um desempenho quase seis vezes inferior ao do topo do ranking.
A líder desse pódio virtual é Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, que demonstra um domínio nas redes sociais.
Seu desempenho em 2025 reforça a tendência observada em 2024, quando, com apenas 56 postagens ao longo do ano, ela obteve uma média de 168.583 interações, superando todos os concorrentes.
Em segundo lugar no ranking atual está o cantor e empresário Gusttavo Lima, que alcançou 106.531 interações após anunciar, em 2 de janeiro, seu interesse em concorrer ao Planalto. Vale ressaltar que o perfil de Gusttavo é de um artista com milhões de fãs, não de um político.
Logo atrás vem Bolsonaro, seguido pelo ex-coach Pablo Marçal, com 49.729 interações. Lula, por sua vez, fica abaixo desses quatro adversários, evidenciando um abismo digital em relação aos principais nomes da oposição.
Os números foram calculados com base em publicações feitas nos primeiros 41 dias de 2025, período em que a disputa pela atenção online já dá sinais do que pode vir nas urnas.
Michelle, por exemplo, mantém uma conexão forte com o público, algo que também foi destaque no ano anterior. Já Gusttavo Lima, com milhões de fãs como artista, transforma sua popularidade em um trunfo político inicial.
Bolsonaro, mesmo declarado inelegível, segue como uma referência de peso na direita, enquanto Marçal consolida sua presença entre os novos rostos da política.
Lula, por outro lado, enfrenta dificuldades para engajar, mesmo após reformular sua estratégia digital com a chegada do marqueteiro Sidônio Palmeira à Secretaria de Comunicação Social (Secom) em 14 de janeiro. Apesar de um salto de 29.589 interações em 2024 para 47.793 em 2025, o petista ainda não consegue se aproximar dos líderes.
O fraco desempenho de Lula nas redes não é um caso isolado entre os governistas. Outros nomes cotados como possíveis substitutos do presidente em 2026 — como Fernando Haddad (PT), Gleisi Hoffmann (PT), Camilo Santana (PT), Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Helder Barbalho (MDB) — também patinam online.
Juntos, esses aliados somam uma média de 49.886 interações por postagem, um número que não rivaliza nem mesmo com o engajamento individual de Bolsonaro.
Em 2024, o cenário foi semelhante: Lula ficou atrás de Bolsonaro (73.915), Marçal (70.907) e até do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (33.335), que, embora negue, é visto como potencial candidato da direita.
Os dados ecoam o que as pesquisas eleitorais já indicam: enquanto a direita mantém nomes competitivos, mesmo sem Bolsonaro na disputa direta, Lula enfrenta dificuldades para construir um sucessor ou reverter sua queda de popularidade.
A ex-primeira-dama, com sua influência consolidada, surge como um fenômeno nas redes, desafiando tanto adversários quanto aliados do governo.
Não foram avaliados nomes significativos, como o de Janja, Ronaldo Caiado (que já lançou sua pré-candidatura), Ratinho Jr.; Romeu Zema, Claudio Castro, entre outros. Clique AQUI para ver o ranking completo. Clique AQUI para apoiar nosso trabalho! (Foto: divulgação Band)
