Julho registra recorde de queimadas na Amazônia em quase duas décadas

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O mês de julho registrou o maior número de queimadas na Amazônia em 20 anos, com 11.145 focos de incêndio identificados entre os dias 1 e 31, conforme dados do Sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este é o maior número para o mês desde 2005.

O registro de julho é 93% superior aos 5.772 focos detectados no mesmo período do ano passado e 111% acima da média dos últimos 10 anos, que foi de 5.272 focos. A situação se intensificou nos últimos dias do mês, com metade dos focos de queimadas ocorrendo nos últimos oito dias de julho.

As queimadas se concentraram principalmente nos estados do Amazonas e Pará, que juntos somaram 66% dos focos registrados no bioma. O Amazonas registrou 4.072 focos (37% do total) e o Pará, 3.265 (29%). Ambos os estados também lideraram os alertas de desmatamento no mês, com 182 mil km² (42%) no Amazonas e 115 mil km² (27%) no Pará.

De janeiro a julho de 2024, a Amazônia acumulou 24.462 focos de incêndio, com as queimadas de julho representando 44,8% desse total. O número acumulado em 2024 é o maior desde 2005 e o quarto maior da série histórica do Deter, iniciada em 1998.

Pantanal
No Pantanal, que tem enfrentado grandes incêndios em 2024, foram registrados 1.158 focos de queimadas em julho, um aumento de 820% em relação ao mesmo período do ano anterior. Embora o valor seja menor que o de 2020, quando incêndios devastaram 30% do bioma, o acumulado de 2024 até julho é de 4.756 focos, superando os 4.218 focos de 2020. Este número é 610% maior que a média dos últimos três anos.

Um boletim semanal do governo federal informou que, entre janeiro e julho, a área queimada no Pantanal variou entre 635 mil e 907 mil hectares, correspondendo de 4,2% a 6% do bioma.

Cerrado
No Cerrado, julho registrou 7.463 focos de queimadas, um aumento de 15% em relação ao mesmo mês de 2023 e o maior número desde 2016. Este total é 11% superior à média dos últimos três anos. A maioria dos focos se concentrou no Maranhão (2.106 focos) e Tocantins (1.874 focos), que fazem parte da região do Matopiba.

De janeiro a julho, o Cerrado teve 20.692 focos de incêndio, o maior número para o período desde 2010, representando um aumento de 23% em relação aos primeiros sete meses de 2023 e 22% acima da média dos últimos três anos. E mais: Maduro elogia Lula, Petro e Obrador por nota “muito boa”. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: O Globo)

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