Junho teve o maior número de queimadas registradas para o mês, na Amazônia e no Cerrado, nos últimos 16 anos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). As informações foram divulgadas pelo jornal ‘O Estado de São Paulo’, nessa segunda-feira (3).
Foram 3.075 focos de incêndio na Floresta Amazônica, número que só é menor do que os 3.519 contabilizados no mesmo mês de 2007. No ano passado, foram 2.562. Comparando 2023 com 2022, isso representa uma alta de 37,3%.
O primeiro semestre deste ano também apresentou aumento em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 8.344 registros ante 7.533, em 2022, crescimento de 10% no bioma.
Os dados do Programa Queimadas, do Inpe, órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, já haviam mostrado que o primeiro semestre de 2022 teve um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Cerrado
O Cerrado brasileiro também apresentou aumento em junho. Em 2022, haviam sido 4.239 focos de incêndio no segundo maior bioma do Brasil. No mesmo mês deste ano foram 4.472 ocorrências, crescimento de 5%.
Os dados para o mês só não são maiores do que os registrados em 2007, quando 7051 focos de incêndio foram contabilizados no bioma pelo Inpe.
Pode piorar
Segundo o Estadão, os resultados deste ano também preocupam porque o auge do período de estiagem na região Norte do País ainda não chegou. Além disso, ao número de incêndios florestais pode se agravar com a atuação do El Niño.
Por conta do fenômeno, existe a possibilidade de 2023 bater um novo recorde de ano mais quente dos registros, com temperaturas superiores às registradas em 1998 e 2016, anos especialmente quentes.
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