O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, informou nessa quinta-feira (4) que o desenvolvimento inicial do Pix custou R$ 15 milhões. Contudo, com a popularização da ferramenta, os gastos operacionais aumentaram significativamente. Atualmente, o Banco Central desembolsa entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões anuais para manter o sistema em funcionamento.
Campos Neto explicou que o Pix superou as expectativas em termos de popularidade, sendo amplamente utilizado para transferências de pequeno valor. O Banco Central, inicialmente, projetava que a ferramenta fosse mais usada em transações de maior valor, como no comércio atacadista.
“O Pix foi relativamente barato. Estamos falando de algo em torno de R$ 15 milhões para desenvolver. Conforme o volume de uso cresce — temos dias com até R$ 240 milhões em operações — os custos de operação aumentam, chegando a R$ 40 milhões, R$ 50 milhões por ano”, declarou Campos Neto durante um evento promovido por ‘Mercado Bitcoin’ e ‘BlackRock’.
O presidente do Banco Central também mencionou os esforços que vêm sendo realizados junto ao G20, grupo que reúne as maiores economias globais, para criar uma integração entre sistemas de pagamento internacionais. Atualmente, o projeto está sendo liderado pelo presidente do Banco Central da Itália, Fabio Panetta.
Campos Neto ressaltou o progresso do sistema financeiro internacional desde 2019. Naquela época, a maneira mais rápida de transferir £ 1 milhão para Londres ainda era via transporte aéreo. Apesar dos avanços, ele reconheceu que há obstáculos significativos para melhorar a velocidade de transações entre diferentes países.
“Hoje, existe um grupo trabalhando na governança desse processo, o que chamamos de taxonomia de pagamentos transfronteiriços. E temos nos dedicado a isso no âmbito do G20″, explicou.
Além disso, ele anunciou que o Banco Central está próximo de lançar o Pix por aproximação, recurso que permitirá aos usuários registrarem suas chaves em carteiras digitais para facilitar e agilizar ainda mais os pagamentos. Veja mais abaixo! E mais: Investigados do ‘8 de Janeiro’ com tornozeleira poderão votar nas eleições. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: O Globo)