Neste sábado (5), o Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou o apoio ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) como candidato a prefeito de São Paulo nas eleições de 2024.
Pela primeira vez na história, o PT não lançará um candidato próprio para a cabeça de chapa na disputa pela prefeitura da capital paulista.
O evento de formalização do apoio aconteceu na sede do Sinsaúde, no bairro da Liberdade, e contou com a presença de filiados, militantes e lideranças políticas.
Além de Boulos, estiveram presentes a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), bem como vereadores e deputados.
Conforme o acordo firmado, o PT terá a prerrogativa de indicar o candidato a vice na chapa, cujo nome ainda não foi definido. O apoio a Guilherme Boulos foi anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi objeto de discussões internas no partido por vários meses, havendo divergências quanto à indicação do deputado federal do PSOL.
Uma das vozes contrárias à aliança foi o deputado federal Jilmar Tatto, que é secretário de Comunicação do PT. Em entrevistas, ele expressou preocupação de que o partido poderia sair prejudicado na aliança e ressaltou a falta de apoio do PSOL em pautas importantes no Congresso.
O presidente do Diretório Municipal do PT, Laércio Ribeiro, afirmou que as divergências foram superadas e que teve uma conversa com Tatto nesta semana, apaziguando as desavenças.
Outros nomes que têm sido cogitados para as eleições de São Paulo é o da deputada Tabata Amaral (PSB) e o do deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), do MBL.
Enquanto isso, o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se apresenta como uma opção de perfil de centro e tem buscado fortalecer seu apoio junto a legendas que têm chances de lançar candidatos próprios, como PL e União Brasil.
De fato, o prefeito tem estreitado relações com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), havendo inclusive articulações para uma possível migração do prefeito para o PL, ou mesmo a escolha de um vice da legenda bolsonarista.
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