O PT (Partido dos Trabalhadores) protocolou uma representação junto ao MPE (Ministério Público Eleitoral) do Estado de São Paulo, onde adverte que a manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na av. Paulista, no domingo (25.fev.2024), pode se tornar um novo 8 de Janeiro.
No documento apresentado na segunda-feira (19.fev), o partido solicita medidas preventivas e investigativas para possíveis “crimes” que possam ser perpetrados contra o Estado Democrático de Direito, além de eventual propaganda eleitoral antecipada e financiamento irregular dos eventos.
O partido argumenta que Bolsonaro se tornou conhecido por utilizar eventos públicos para criticar o sistema eleitoral brasileiro, as urnas eletrônicas e as autoridades.
Para a sigla petista, o histórico do ex-presidente “reforça” a possibilidade de que os eventos de 25 de fevereiro sejam utilizados para atacar o Estado Democrático e para promover uma alegada propaganda antecipada, dado que a manifestação contará com a presença do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB-SP).
“[…] não há como desvincular o evento agora convocado dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, especialmente considerando que esta é a primeira convocação de um evento público realizada pelo ex-presidente desde então”, afirmou o partido.
A legenda também expressou preocupação com a presença de Tarcísio no evento, visto que o governador é o comandante da PM-SP (Polícia Militar do Estado de São Paulo).
Segundo a representação, no 8 de Janeiro foi necessária a intervenção policial para conter os manifestantes em Brasília, e ainda não foram revelados os protocolos e recomendações que a PM adotará na data.
Por este motivo, o PT também requisitou que o governo de Tarcísio apresentasse as medidas que seriam utilizadas para “garantir que os eventos convocados não se desviem em uma nova tentativa de rompimento democrático”. Clique AQUI para ver na íntegra. E mais: Porta-voz americano sobre fala de Lula: “Obviamente discordamos desses comentários”. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Poder360)