PSDB e Podemos encerram negociações e desistem de fusão

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Uma semana depois de anunciar com entusiasmo a intenção de se fundirem, PSDB e Podemos colocaram um ponto final nas negociações para formar uma única legenda. Conforme revelado pela Folha de SP, a fusão foi descartada devido à falta de consenso sobre quem comandaria o novo partido.

Segundo as informações, o principal entrave foi o desejo do Podemos de assumir a presidência da nova legenda pelos próximos quatro anos, o que foi prontamente rejeitado pelo PSDB.

A presidente nacional do Podemos, deputada Renata Abreu, e o dirigente Pastor Everaldo se reuniram com o presidente do PSDB, Marconi Perillo, e com o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) para apresentar a proposta — que não avançou.

A alternativa apresentada pelos tucanos envolvia um rodízio na presidência da nova sigla, com troca no comando a cada seis meses, e posteriormente, a cada ano. A sugestão não agradou ao Podemos, que preferia uma definição de longo prazo no topo da estrutura partidária. Sem acordo, ambas as siglas optaram por encerrar as tratativas.

Atualmente, os dois partidos possuem estruturas semelhantes no Congresso. O PSDB conta com 13 deputados federais e três senadores, enquanto o Podemos tem 15 deputados e quatro senadores.

A tentativa de fusão surgiu em meio à crise interna vivida pelo PSDB, que perdeu protagonismo nacional nos últimos anos.

Antigo ocupante da Presidência da República por dois mandatos com Fernando Henrique Cardoso, o partido enfrenta um processo de enfraquecimento. Recentemente, perdeu dois dos seus principais nomes: os governadores Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE), que migraram para o PSD.

Diante da frustração com a fusão, o PSDB agora volta seus esforços para a construção de uma federação. Ao contrário da fusão, que é definitiva, a federação pode ser desfeita após quatro anos e permite que cada partido mantenha sua estrutura interna. No entanto, é necessário que as legendas atuem em conjunto nas eleições e no Congresso.

As federações também ajudam os partidos a superarem a cláusula de desempenho, que determina quem pode ter acesso ao fundo partidário e ao tempo de rádio e TV.

Hoje, o PSDB integra uma federação com o Cidadania, mas divergências regionais levarão ao fim da aliança em 2026, quando se encerra o prazo de validade.

Com isso, os tucanos já avaliam uma nova federação com outras siglas de centro, como MDB, Republicanos, Solidariedade — e até mesmo o próprio Podemos, mas em uma composição com menos disputa por espaço. (Foto: PSDB; Fonte: Folha de SP)

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