Diante da urgência de recuperar o prestígio da seleção brasileira, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), presidida por Ednaldo Rodrigues, decidiu apostar alto para atrair um nome de peso ao comando técnico da equipe.
O escolhido foi o italiano Carlo Ancelotti, de 65 anos, atual treinador do Real Madrid, e dono de um dos currículos mais vitoriosos do futebol mundial.
Para convencer Ancelotti, a CBF colocou na mesa uma proposta financeira robusta: R$ 60 milhões por ano, o equivalente a R$ 5 milhões mensais, cifra próxima ao que ele já recebe na Espanha. A oferta praticamente dobra os vencimentos de Tite, ex-técnico da seleção nas Copas de 2018 e 2022.
Caso aceite o convite, o italiano se tornará o treinador de seleção mais bem remunerado do planeta. Atualmente, essa posição é ocupada por Thomas Tuchel, técnico da Inglaterra, que embolsa R$ 3,1 milhões mensais, seguido por Mauricio Pochettino, da equipe dos Estados Unidos, com R$ 2,8 milhões. As informações foram divulgadas pelos jornais The Sun e The Athletic.
A proposta da CBF também contempla uma cláusula de aumento automático de 20% no salário, caso o Brasil chegue às semifinais do próximo Mundial, além de vantagens como moradia paga no Rio de Janeiro, plano de saúde internacional e seguro de vida.
O pacote oferecido rivaliza com os salários de executivos de grandes corporações brasileiras. De acordo com levantamento feito por Renato Chaves, especialista em governança, com base em dados da CVM, o CEO do Itaú Unibanco recebeu cerca de R$ 68 milhões em 2023, seguido pelo executivo da Hapvida (R$ 67,5 milhões).
Já na JBS e na Vale, as remunerações anuais giraram em torno de R$ 58 milhões e R$ 52,5 milhões, respectivamente. Esses valores incluem salários fixos, bônus, participação nos lucros, planos de ações e outros benefícios.
Ancelotti é o único treinador a conquistar quatro vezes a Champions League – duas com o Milan e duas com o Real Madrid. Além disso, ergueu troféus nacionais nas cinco maiores ligas da Europa: Itália, Inglaterra, França, Alemanha e Espanha. Ao todo, são mais de 25 títulos em sua trajetória.
Reconhecido por sua capacidade de gerir elencos e adaptar taticamente suas equipes, o italiano não se prende a esquemas rígidos. Sua filosofia é dar confiança aos jogadores e ajustar o time ao perfil dos atletas.
Sob sua orientação, quatro craques receberam a Bola de Ouro: “Shevchenko (2004), Kaká (2007), Cristiano Ronaldo (2014) e Benzema (2022)”. Recentemente, “Vinícius Jr. foi eleito o melhor do mundo pela FIFA” com Ancelotti à frente do Real Madrid.
Apesar do interesse, a instabilidade política dentro da CBF é um fator que gera apreensão no treinador. Fontes do jornal Marca, da Espanha, indicam que Ancelotti só deve tomar uma decisão definitiva após formalizar sua saída do Real Madrid, o que pode ocorrer após o clássico contra o Barcelona. Até lá, a seleção brasileira segue sem comando. Nesta quinta-feira (8), completa-se 41 dias desde a demissão de Dorival Júnior. E mais: Nubank libera Pix por aproximação com parcelamento em até 12 vezes. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução Instagram; Fonte: Folha de SP)