A produção da indústria brasileira caiu 0,3% em fevereiro. É o segundo mês seguido de baixa. Em janeiro, o desempenho tinha sido de -1,5%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.
O nível atual da produção industrial brasileira encontra-se 1,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 17,7% inferior ao ponto máximo da série, alcançado em maio de 2011.
Atividades
Comparando fevereiro com janeiro deste ano, dez dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram redução na produção. As influências negativas mais importantes foram nos itens produtos químicos (-3,5%), indústrias extrativas (-0,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,0%).
Já entre as atividades que apontaram avanço, veículos automotores, reboques e carrocerias (6,5%) e celulose, papel e produtos de papel (5,8%) exerceram os principais impactos positivos.
No recorte das grandes categorias econômicas, o setor de bens intermediários recuou 1,2%, tendo sido a única taxa negativa dos quatro grupos pesquisados.
Entre os crescimentos, há destaque para o segmento de bens de consumo duráveis, que avançou 3,6% e apontou o crescimento mais acentuado nesse mês, após também avançar em janeiro (1,5%) e dezembro de 2023 (6,6%). Bens de capital (1,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) também registraram resultados positivos.
Na comparação de fevereiro de 2024 com fevereiro de 2023, houve uma alta de 5%. Nesse tipo de confrontação – mês com o mesmo período do ano anterior – essa foi a sétima alta seguida e a mais expressiva desde junho de 2021 (quando o resultado foi de 12,1%, em um soluço de recuperação parcial dos efeitos da pandemia de covid-19).
“O resultado de fevereiro teve perfil disseminado de taxas positivas e foi o mais elevado desde junho de 2021 (12,1%), sendo influenciado não só pela baixa base de comparação, mas também pelo efeito calendário, já que fevereiro de 2024 teve 19 dias úteis, um a mais que fevereiro de 2023”, explica o gerente da pesquisa, André Macedo.
Confiança fica estável
Os Resultados Setoriais do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de março de 2024 apresentam estabilidade da confiança na indústria de forma geral. Segundo a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a confiança dos empresários industriais não mudou na análise por portes, regiões e setores. Assim como em fevereiro, 25 de 29 setores industriais estão confiantes. Este mês, 1841 empresas foram consultadas entre 1º e 11 de março.
Um setor fez uma transição da falta de confiança (abaixo de 50 pontos) para a confiança: móveis saiu de 47,1 para 51,3 pontos. Já o setor de equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos fez a transição contrária, com queda de 50,3 para 49,4 pontos.
Os setores com maior índice de confiança em março são os de farmoquímicos e farmacêuticos (61,1 pontos); manutenção e reparação (57,4 pontos); bebidas (56,6 pontos); e perfumaria limpeza e higiene pessoal (56,3 pontos).
O ICEI varia de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário. Valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança.
Por região, em março de 2024, a confiança da indústria caiu no Nordeste (-1,6 ponto) pela segunda vez consecutiva. Os dois recuos acumulam 4,5 pontos de queda. No Centro-Oeste, também houve uma retração da confiança de 1,3 ponto.
Na região Sudeste, a confiança ficou praticamente estável (+0,1 ponto). Enquanto isso, no Norte e no Sul, a confiança teve leve avanço (+0,6 ponto em ambas as regiões).
Todas as regiões seguem confiantes em março, pois o índice segue acima da linha de corte de 50 pontos. E mais: Ministro querem leitura de decisão do STF em quartéis e academias das Forças Armadas. Clique AQUI para ver. (Fonte e foto: EBC)