O prefeito de Criciúma (SC), Clésio Salvaro (PSD), foi preso preventivamente nesta terça-feira (3) junto com outras nove pessoas no âmbito da Operação Caronte. A operação investiga fraudes na concessão de serviços funerários na cidade.
Os mandados de prisão foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina e cumpridos em Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul e São José. Segundo a denúncia, houve irregularidades no processo licitatório para favorecer empresários do setor de funerárias.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Salvaro se declarou inocente, afirmando que a investigação tem motivações políticas. “Sei que não é um processo jurídico. Hoje tem a política que está se sobrepondo”, disse ele, atribuindo as acusações a adversários eleitorais. Assista ao fim da reportagem.
À imprensa, a defesa do prefeito manifestou surpresa com a prisão, classificando-a como uma “antecipação de pena” e alegando que não há fundamentos suficientes para a ação penal. Segundo a defesa, as acusações do Ministério Público não configuram práticas criminosas, mas sim o exercício legítimo das funções públicas de Salvaro.
A Operação Caronte é conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) em conjunto com o Geac (Grupo Especial Anticorrupção) do Ministério Público de Santa Catarina. O Gaeco é composto por várias forças de segurança, incluindo o Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil, e outros órgãos.
Em uma fase anterior da operação, realizada no início de agosto, outras sete pessoas foram presas, incluindo o ex-secretário de Assistência Social de Criciúma, Bruno Ferreira. Todos os envolvidos foram denunciados pelo Ministério Público por crimes como organização criminosa, fraudes licitatórias, corrupção e infrações contra a ordem econômica.
Apesar de estar no final de seu segundo mandato, Salvaro tem participado ativamente na campanha eleitoral para eleger Vaguinho (PSD), seu aliado, à prefeitura. Em seu vídeo, ele pediu apoio contínuo para Vaguinho e reiterou seu compromisso com o projeto de organizar a central funerária da cidade. “Não vamos deixar que esta politicagem que estão fazendo tirem Criciúma do caminho certo”, declarou.
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