“Afuera!” Primeiro decreto de Milei é promessa de campanha que viralizou

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Javier Milei, o recém-empossado presidente da Argentina, anunciou nesse domingo (10) uma série de mudanças significativas, firmando sua gestão com um decreto que reconfigura a estrutura ministerial do país. O primeiro ato do presidente ultraliberal consiste na drástica redução do número de ministérios para nove, metade do que era sob o comando de seu antecessor, o agora ex-presidente Alberto Fernández.

As pastas que comporão o governo de Milei são as seguintes:
1. Ministério de Interior;
2. Ministério de Relações Exteriores;
3. Ministério de Comércio Internacional e Culto;
4. Ministério da Defesa;
5. Ministério da Economia;
6. Ministério de Infraestrutura;
7. Ministério da Justiça;
8. Ministério de Segurança;
9. Ministério da Saúde e Capital Humano.

A medida de Javier Milei é uma promessa de campanha que viralizou nas redes sociais. Nele, o libertário arrancava adesivos com nomes de ministérios de uma parede.

A cada pasta ‘extinguida’, Milei gritava ‘afuera’. Para algumas, ainda havia críticas irônicas, como quando como chamou o Ministério da Cultura de ‘doutrinamento’ e ao prometer acabar com a pasta de transportes, “ainda que resista” a sair. Assista abaixo!

 

“No hay plata”
O presidente, em seu discurso inaugural, enfatizou que esta medida visa a redução de gastos públicos, uma das principais bandeiras levantadas durante sua campanha eleitoral. Milei declarou: “Não existe solução sem atacar o déficit fiscal. A solução implica um ajuste no setor público, que cairá sobre o Estado, e não sobre o setor privado.”

O líder argentino reconheceu que, no curto prazo, a situação econômica poderá se agravar, mas ressaltou que é um sacrifício necessário até que as primeiras medidas adotadas comecem a surtir efeito. Ele reiterou a falta de recursos do governo, afirmando: “Lamentavelmente tenho que dizer, ‘no hay plata'”.

Milei alertou para os desafios que a população enfrentará, prevendo impactos negativos na atividade econômica, no emprego e no aumento da pobreza e da indigência. Ou seja, o país vizinho precisará dar passos para trás, mesmo vivendo uma grande crise econômica e social, para então voltar a caminhar em direção à prosperidade.

O presidente projetou um cenário de estagflação, caracterizado pela combinação de estagnação econômica e inflação alta, mas enfatizou que esta é uma etapa fundamental para a reconstrução da Argentina.

O discurso do presidente ocorreu nas escadarias do Congresso, em uma quebra de protocolo, já que tradicionalmente esse pronunciamento acontece no interior do parlamento. Milei também abordou a elevada inflação, culpando os governos peronistas anteriores, e ressaltou as consequências nefastas, como a redução salarial e o aumento da taxa de pobreza e indigência.

“Os argentinos, de forma contundente, expressaram uma vontade de mudança que já não tem retorno. Não há retorno. Hoje enterramos décadas de fracassos e disputas sem sentido. Brigas que só conseguiram destruir o nosso país e nos deixar em ruínas. Hoje começa uma nova era na Argentina, de paz e prosperidade”, concluiu Milei em seu discurso histórico.

 

E veja também: Ministério da Justiça e CNJ querem reduzir lotação em presídios com mais tornozeleiras eletrônicas. Clique AQUI para ver.


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Fonte: G1
Foto: reprodução vídeo

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