Javier Milei, o recém-empossado presidente da Argentina, anunciou nesse domingo (10) uma série de mudanças significativas, firmando sua gestão com um decreto que reconfigura a estrutura ministerial do país. O primeiro ato do presidente ultraliberal consiste na drástica redução do número de ministérios para nove, metade do que era sob o comando de seu antecessor, o agora ex-presidente Alberto Fernández.
As pastas que comporão o governo de Milei são as seguintes:
1. Ministério de Interior;
2. Ministério de Relações Exteriores;
3. Ministério de Comércio Internacional e Culto;
4. Ministério da Defesa;
5. Ministério da Economia;
6. Ministério de Infraestrutura;
7. Ministério da Justiça;
8. Ministério de Segurança;
9. Ministério da Saúde e Capital Humano.
A medida de Javier Milei é uma promessa de campanha que viralizou nas redes sociais. Nele, o libertário arrancava adesivos com nomes de ministérios de uma parede.
A cada pasta ‘extinguida’, Milei gritava ‘afuera’. Para algumas, ainda havia críticas irônicas, como quando como chamou o Ministério da Cultura de ‘doutrinamento’ e ao prometer acabar com a pasta de transportes, “ainda que resista” a sair. Assista abaixo!
Javier Milei has been officially inaugurated as president of Argentina.
Our plan is to apply his plan for Argentina in this video to US agencies.
IRS, Fed, NSA, DHS, FBI, CIA, DOE, CDC, FDA, FEC…AFUERA! pic.twitter.com/SP0kYwGyj1
— Libertarian Party (@LPNational) December 10, 2023
“No hay plata”
O presidente, em seu discurso inaugural, enfatizou que esta medida visa a redução de gastos públicos, uma das principais bandeiras levantadas durante sua campanha eleitoral. Milei declarou: “Não existe solução sem atacar o déficit fiscal. A solução implica um ajuste no setor público, que cairá sobre o Estado, e não sobre o setor privado.”
O líder argentino reconheceu que, no curto prazo, a situação econômica poderá se agravar, mas ressaltou que é um sacrifício necessário até que as primeiras medidas adotadas comecem a surtir efeito. Ele reiterou a falta de recursos do governo, afirmando: “Lamentavelmente tenho que dizer, ‘no hay plata'”.
Milei alertou para os desafios que a população enfrentará, prevendo impactos negativos na atividade econômica, no emprego e no aumento da pobreza e da indigência. Ou seja, o país vizinho precisará dar passos para trás, mesmo vivendo uma grande crise econômica e social, para então voltar a caminhar em direção à prosperidade.
O presidente projetou um cenário de estagflação, caracterizado pela combinação de estagnação econômica e inflação alta, mas enfatizou que esta é uma etapa fundamental para a reconstrução da Argentina.
O discurso do presidente ocorreu nas escadarias do Congresso, em uma quebra de protocolo, já que tradicionalmente esse pronunciamento acontece no interior do parlamento. Milei também abordou a elevada inflação, culpando os governos peronistas anteriores, e ressaltou as consequências nefastas, como a redução salarial e o aumento da taxa de pobreza e indigência.
“Os argentinos, de forma contundente, expressaram uma vontade de mudança que já não tem retorno. Não há retorno. Hoje enterramos décadas de fracassos e disputas sem sentido. Brigas que só conseguiram destruir o nosso país e nos deixar em ruínas. Hoje começa uma nova era na Argentina, de paz e prosperidade”, concluiu Milei em seu discurso histórico.
🚨 ÚLTIMAS NOTÍCIAS: Pela primeira vez em 100 anos, todos os ministros da Argentina sentam-se à mesma mesa junto com o presidente Javier Milei. 🇦🇷 pic.twitter.com/zfPXeJDXeP
— Nice Xave 🇧🇷🇧🇷🇧🇷 (@nice_xave) December 11, 2023
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