Um dos indivíduos presos nos eventos de ‘8 de Janeiro’, cuja prisão foi convertida em medidas alternativas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, é agora considerado foragido depois do dispositivo parou de emitir localização desde dezembro.
O homem, detido em frente ao QG do Exército em Brasília no dia seguinte aos atos, natural do estado da Bahia e com 46 anos, teve sua tornozeleira eletrônica sem sinal desde 8 de dezembro, a última vez que indicou sua localização.
Em 15 de dezembro, ao tentarem localizá-lo, os servidores do ‘Centro Integrado de Monitoração Eletrônica’ (Cime) do Distrito Federal foram informados por duas pessoas no endereço registrado em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília, que o detido não residia mais lá. O único telefone cadastrado para contato está programado para não receber chamadas.
O ministro Alexandre de Moraes possui um relatório em sua mesa, indicando 72 ocorrências de violações entre 21 de setembro e 21 de novembro relacionadas ao homem.
Diante da interrupção do sinal da tornozeleira e da impossibilidade de localizá-lo, o juiz substituto Clodair Edenilson Borin, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, consultou o ministro do STF sobre a autorização para desvincular o acusado da monitoração pelo Cime.
Segundo a Justiça, ele compareceu uma vez à Justiça do Distrito Federal para justificar suas atividades em fevereiro de 2023, mas não seguiu as determinações. Além disso, encontrou-se com outros três investigados e passou pela Praça dos Três Poderes, o que foi proibido por Alexandre de Moraes.
O homem foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República pelos crimes de “associação criminosa” e “incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais”. A acusação foi suspensa por Alexandre de Moraes em agosto de 2023, abrindo a possibilidade de negociação de acordos de não persecução penal com a PGR. E veja também: Morre Franz Beckenbauer, ídolo da seleção alemã e do Bayern, aos 78 anos. Clique AQUI para ver.