Presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo tem sigilo quebrado em investigação de lavagem do PCC

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A Justiça decretou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do vereador Milton Leite (União), presidente da Câmara Municipal de São Paulo, no contexto da Operação Fim da Linha, que investiga lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) através de empresas de ônibus. A informação foi divulgada neste sábado (25/5) pela Folha de S. Paulo.

Em nota à imprensa, o vereador declarou estar envolvido na investigação apenas como testemunha, afirmando que não recebeu “nenhuma comunicação” sobre “qualquer tipo de quebra de sigilo” e se colocou à disposição das autoridades.

Em abril, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou 10 pessoas ligadas à Transwolff (TW), uma das empresas de ônibus investigadas por ocultar bens do PCC e que está sob intervenção da Prefeitura de São Paulo. Milton Leite não está entre os denunciados.

A promotoria afirma que a viação recebeu um aporte de R$ 54 milhões da facção criminosa, obtidos através de tráfico de drogas e outros delitos, para participar da licitação do transporte público na capital paulista.

O principal alvo da Operação Fim da Linha, deflagrada em 9 de abril, é Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, sócio majoritário e suposto chefe do esquema. Ex-presidente da Cooperpam, cooperativa de transporte sucedida pela TW, ele teria ligações com Milton Leite, de acordo com a reportagem.

No rol de testemunhas da Operação Fim da Linha, o MPSP inclui os nomes de Milton Leite e do deputado federal petista Jilmar Tatto (PT), ex-secretário municipal de Transportes nas gestões de Marta Suplicy e Fernando Haddad. A investigação corre sob sigilo.

A denúncia afirma que os valores associados à empresa teriam sido obtidos por “depósitos em dinheiro e fracionados”, sem origem comprovada.

Os investigadores identificaram operações de “smurfing” (depósitos fracionados ou anônimos), realizadas entre setembro e dezembro de 2015, em um banco na zona sul de São Paulo, onde os sócios da TW eram correntistas.

Esses valores chegaram a R$ 26,6 milhões e teriam sido usados na compra de 50 ônibus para a empresa. E mais: Jornalista demitida da Globo fala sobre militância política da emissora. Clique AQUI para ver. (Foto: Metrópoles; Foto: Richard Lourenço/Rede Câmara)

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