Presidente do Banco do Brasil é criticada por funcionários da instituição em rede interna

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A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, indicada por Lula (PT) logo no início de seu mandato, foi criticada pelos próprios funcionários da instituição que presidente em uma rede interna do BB só para colaboradores. O fato foi narrado pela jornalista Andreza Matais, em sua coluna no portal UOL.

O foco das críticas e ironias foi a proposta de reajuste de 57% do salário dela, derrubada por acionistas do BB no mês passado, o que elevaria sua remuneração mensal de R$ 74.972 para R$ 117.470. A reação dos funcionários se deu após o UOL revelar o caso. O reajuste aprovado no mês passado foi de 4,6%.

“Merecemos o mesmo reajuste, por justiça”, escreveu um funcionário na rede interna do banco. “Ela não participa da votação, porém quem vota são pessoas do convívio dela. Me poupe”, acrescentou outro.

Tarciana rebateu no dia 7 deste mês: “Você acha que eu convivo com os membros do conselho de administração?”. As críticas prosseguiram. “Choro de pensar na quantidade de Ourocap [título de capitalização] que vamos ter que vender pra manter isso…”, escreveu outro funcionário. Outra pessoa acrescentou: “A conta irá chegar nas agências -corte de verbas, cargos e etc.”.

A presidente nomeada por Lula rebateu: “Colega, gostaria de saber quantos cortes de verbas e de cargos ocorreram no BB desde o dia 16.01.2023”, afirmou Tarciana em referência ao dia em que assumiu o comando do banco.

“Se tá achando ruim, ela pode concorrer a uma vaga no Bradesco ou Itaú. Funcionário qualificado interessado nos 70k não falta”, escreveu um funcionário.

El rebateu: “Quem te disse que eu reclamei algum dia do meu salário no BB ou que não faço jus a cada centavo de todos que recebi nos meus mais de 24 anos nessa empresa. Te peço que por favor me respeite”, rebateu a presidente do BB para o grupo. “Que ela ganhe um milhão!! Mas não me deixe ganhando 3 mil!!!”, ironizou um funcionário.

Tarciana, então, postou um texto longo também no dia 7 de maio no qual diz que “nunca se sentiu tão desrespeitada em toda a vida” e que “jamais” conseguirá entender tais críticas vindas dos colegas de banco.

“Aqui quem está escrevendo não é a presidente do BB, é uma colega que levanta todos os dias há mais de 24 anos e busca entregar o melhor trabalho possível para empresa e para quem está ao redor”, disse Tarciana.

E também que sua “sensação é de completa perplexidade com a violência dos comentários” e fez um apelo: “Peço que, ao serem notificados dessa resposta, voltem, leiam, se informem e repensem o que escreveram.”

Ela disse ainda que “agredi-la em um canal institucional interno não vai resolver nossos problemas históricos”. E encerrou: “Gostaria de fechar dizendo que me sinto violentada, desrespeitada, mas não intimidada”. Clique AQUI, AQUI e AQUI para ver mensagens trocadas nas redes internas do BB.

A proposta de reajuste salarial no BB foi apresentada pelo comitê de remuneração e aprovada pelo conselho de administração do banco. Cinco dos oito integrantes do colegiado são ligados a Tarciana.

A justificativa para o aumento salarial de R$ 74.972 para R$ 117.470 — que não foi aprovado — era de que os salários estão “defasados” e é necessário ter “remuneração justa frente às responsabilidades do cargo”, segundo documentos oficiais aos quais a coluna teve acesso. O reajuste aprovado elevaria o salário da executiva para R$ 78.435. (Foto: EBC; Fonte: UOL)

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