Em 2024, os Correios acumularam um prejuízo superior a R$ 2 bilhões nos primeiros nove meses do ano, um número alarmante em comparação com o déficit de R$ 824 milhões registrado no mesmo período de 2023. No terceiro trimestre, as perdas chegaram a R$ 785 milhões, um valor consideravelmente mais alto que os R$ 89 milhões de prejuízo do ano passado. A
De acordo com reportagem da coluna Radar, da Revista Veja, um dos motivos para esse resultado negativo pode ser atribuída à decisão do governo Lula de extinguir a isenção do imposto de importação para compras de até 50 dólares realizadas em sites internacionais como Shein e AliExpress, que começou a vigorar em agosto. Clique AQUI para ver.
A medida já tem refletido diretamente nas finanças dos Correios. Entre julho e setembro, o faturamento da empresa com postagens internacionais foi de R$ 1 bilhão, uma queda de aproximadamente R$ 200 milhões em relação ao mesmo período de 2023, quando a receita foi de R$ 1,3 bilhão. Esse declínio sugere uma desaceleração nas importações.
Até setembro de 2024, a estatal arrecadou R$ 3,1 bilhões com suas operações internacionais, um valor inferior aos R$ 3,3 bilhões registrados em 2023, confirmando a tendência de queda nas importações.
Se essa trajetória continuar, o prejuízo poderá superar o rombo de R$ 2,1 bilhões registrado em 2015, durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Para tentar equilibrar as contas, os Correios anunciaram em outubro um teto de gastos para 2024, fixado em R$ 21,96 bilhões.
A medida foi comunicada aos gestores da empresa em 11 de outubro e, embora o documento tenha sido mantido em sigilo, foi acessado pelo Poder360. Clique AQUI para ver.
Além do teto, outras três ações foram adotadas para minimizar as perdas financeiras. Entre elas, estão a suspensão das contratações de pessoal terceirizado por 120 dias, a renegociação de contratos com redução de pelo menos 10% e o encerramento de acordos, com a condição de que só serão renovados aqueles que apresentarem economia.
Os Correios, que haviam projetado receitas de R$ 22,7 bilhões para este ano, revisaram sua previsão para R$ 20,1 bilhões. Mesmo com as medidas implementadas, a empresa ainda prevê um prejuízo de, no mínimo, R$ 1,7 bilhão.
Para justificar as ações, os Correios destacaram que a situação financeira da empresa exige medidas urgentes para evitar um possível cenário de “insolvência”, o que poderia resultar em um resgate por parte do Tesouro Nacional.
“Tais medidas visam, fundamentalmente, a recompor o saldo orçamentário/caixa para a retomada do equilíbrio econômico-financeiro e evitar que a empresa entre em estado de insolvência”, afirmou a estatal. E mais: Ministro da Justiça afirma que parlamentares não têm imunidade em crimes contra a honra. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fontes: Veja; Poder360)