O colunista do UOL José Roberto de Toledo disse, durante o programa “UOL Eleições 2022”, que se o presidente Jair Bolsonaro (PL) vencer no segundo turno das eleições 2022, o Senado Federal terá força para derrubar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) através da aprovação do impeachment dos magistrados.
“O que me preocupa é o cenário do que emerge da eleição para o Senado e para a Câmara dos Deputados. Esse Congresso que foi eleito, no Senado, por exemplo, dá maioria suficiente para impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal”.
Na Câmara dos Deputados, o Partido Liberal, de Bolsonaro, fez 99 cadeiras. Já no Senado, conquistou 8 mandatos, atingindo 13 cadeiras no total (somando os eleitos com os 5 Senadores que já estavam em vigência de cargo). Também há Senadores que não são do PL, mas são alinhados (as) ao presidente Bolsonaro, como Tereza Cristina (PP), Damares Alves (Republicanos) e Mourão (Republicanos), além de nomes como Lasier Martins (Podemos), que este ano pediu abertura de impeachment contra Moraes.
Segundo o jornalista do UOL, “Hoje a gente tem uma situação em que a gente tem o Executivo tentando avançar o sinal, fez um acordo com o Congresso na base do fisiologismo via orçamento secreto para, no mínimo, não ter oposição e tinha a justiça como o único poder antagônico aos seus desejos de expandir os seus poderes para além das quatro linhas. Com essa maioria no Senado, se o Bolsonaro for reeleito, não vai ter mais oposição no STF. Aí serão três poderes do mesmo lado. Quem vai se lascar? Nós. As pesquisas aí [que os bolsonaristas atacam], tanto faz.”
No Judiciário, o presidente Jair Bolsonaro indicou dois ministros: Nunes Marques e André Mendonça. No ano que vem, o presidente eleito este ano vai poder indicar mais dois membros para a Suprema Corte, que entra nos lugares dos futuros aposentados Ricardo Lewandowski (indicado por Lula em 2006) e Rosa Weber (indicada por Dilma em 2011).
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