O Pix mais uma vez se consolidou como o principal método de pagamento entre os brasileiros. Em 2024, foram realizadas 63,8 bilhões de transferências por meio do sistema instantâneo, o que representa um aumento de 52% em comparação com o ano anterior, de acordo com levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Esse volume de transações supera a soma de todos os outros meios de pagamento disponíveis no País, como cartões de crédito e débito, boletos, TEDs, cartões pré-pagos e cheques, que juntos totalizaram 50,8 bilhões de operações no mesmo período.
As informações são baseadas em dados divulgados pelo Banco Central e pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
Para a Febraban, o avanço do Pix é reflexo de sua eficácia e simplicidade. “O Pix revolucionou o sistema financeiro brasileiro ao oferecer uma ferramenta simples e segura de pagamentos instantâneos 24 horas por dia, sete dias por semana”, afirmou em nota Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da entidade. Ele ainda acrescentou: “Sua crescente popularidade reflete a confiança dos brasileiros na tecnologia e sua importância no cotidiano do dia a dia do brasileiro.”
Desde que foi lançado, o Pix tem ultrapassado as principais modalidades de pagamento. Em janeiro de 2021, superou a TED em volume de operações; no início de 2022, já deixava o cartão de débito para trás; e, em fevereiro do mesmo ano, também superava as movimentações com cartão de crédito.
Com essa tendência, os bancos acabaram por aposentar o sistema DOC, que teve seu uso praticamente extinto diante da nova ferramenta.
No ranking das formas de pagamento mais utilizadas em 2024, o cartão de crédito ficou em segundo lugar, com 19,8 bilhões de transações. Em seguida, aparece o cartão de débito, com 16,7 bilhões.
Apesar do domínio em quantidade de transações, o Pix ficou em segundo lugar no critério de volume financeiro movimentado: foram R$ 26,9 trilhões em transferências. A TED ainda lidera nesse quesito, com R$ 43,1 trilhões movimentados ao longo do ano.
TED é a sigla para Transferência Eletrônica Disponível, um tipo de operação bancária usada no Brasil para transferir dinheiro entre contas de diferentes bancos.
Criada em 2002, substituiu o DOC (Documento de Ordem de Crédito) como forma mais ágil de transferência interbancária.
A compensação é rápida: em geral, o dinheiro cai na conta de destino no mesmo dia, desde que a TED seja feita dentro do horário comercial (normalmente até 17h).
Sem limite mínimo de valor (diferente do DOC, que tinha mínimo de R$ 5 mil).
O valor máximo depende do banco e do perfil do cliente, mas costuma ser alto.
Com o avanço do Pix, que é gratuito, instantâneo e funciona 24h por dia, a TED tem sido cada vez menos utilizada.
Muitos bancos já estão descontinuando ou escondendo a opção de TED nos aplicativos, justamente porque o Pix se tornou a alternativa preferida por sua praticidade. E mais: Compras parceladas com Pix? Entenda novo recurso do BC. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: O Globo)