Piloto brasileira morre durante manobra de combate a incêndio florestal nos EUA

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Juliana Turchetti, uma piloto agrícola brasileira de 45 anos, morreu na quarta-feira durante uma operação de combate a incêndios florestais nos Estados Unidos. Juliana foi pioneira como a primeira brasileira a pilotar uma aeronave turboélice nos EUA e a operar o Fire Boss, uma versão do maior avião agrícola do mundo adaptada para combate a incêndios.

O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) divulgou uma nota de pesar nesta quinta-feira, após a confirmação de sua morte pelas autoridades americanas, que a consideraram uma heroína.

Juliana fazia parte de uma equipe que combatia incêndios na Floresta Nacional de Helena, no Condado de Lewis e Clark, Montana.

Detalhes do acidente
Segundo o Sindag, Juliana se acidentou durante a manobra de “scooping”, que envolve pousar a aeronave em um lago ou represa para coletar água no reservatório da aeronave antes de decolar novamente. Testemunhas relataram que três aeronaves estavam operando na área, captando água no Hauser Lake, a oito quilômetros da represa, e no Rio Missouri. O Fire Boss, equipado com flutuadores, ainda não está em uso no Brasil.

O xerife de Lewis e Clark, Leo Dutton, informou que Juliana estava em segundo no circuito de toque, corrida e decolagem. Durante a manobra de scooping, o avião pareceu colidir com algo, despedaçou-se na água e afundou. As aeronaves pertenciam ao Serviço Florestal dos Estados Unidos.

O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA (NTSB) investigará as causas do acidente para determinar se houve colisão com um objeto, banco de areia ou uma onda.

Carreira e legado
Em sua última postagem no Facebook, Juliana escreveu: “Não é só um trabalho, é um chamado”. Natural de Contagem, Minas Gerais, Juliana acumulava mais de 6.500 horas de voo. Desde pequena, sonhava em ser piloto. Começou como comissária de bordo e ingressou na aviação em 2007.

Foi instrutora de voo, copiloto e piloto em aeronaves Boeing 727 e 737, ingressando na aviação agrícola em 2013. Cinco anos depois, mudou-se para os Estados Unidos, tornando-se a primeira brasileira a voar em lavouras americanas.

A morte de Juliana Turchetti é uma grande perda para a aviação agrícola e um lembrete dos riscos enfrentados pelos pilotos que combatem incêndios. Sua dedicação e pioneirismo deixam um legado inspirador. E mais: Moraes dá 48h para PF informar sobre uso do celular de Filipe Martins. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: O Globo)

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