A prisão de ex-autoridades envolvidas nas investigações sobre suposto ‘golpe’ tem gerado embates entre defensores e acusadores nos tribunais superiores. No centro de uma dessas disputas está o general Walter Braga Netto, que aguarda desfecho para seu pedido de liberdade protocolado por seus advogados.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra a liberação do ex-ministro, que está detido desde dezembro por decisão do Supremo Tribunal Federal. A manifestação foi assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que alegou a necessidade da manutenção da custódia.
“No presente caso, a gravidade concreta dos delitos, a lesividade das condutas e os perigos de reiteração delitiva e de obstáculo à instrução criminal são motivos suficientes a evidenciar a contemporaneidade e justificar a manutenção da custódia cautelar, nos termos da legislação processual penal e da jurisprudência da Suprema Corte”, escreveu o procurador.
Ainda segundo Gonet, neste momento não há possibilidade de substituição da prisão por medidas alternativas: “A restrição excepcional da liberdade de ir e vir do requerente ainda se revela necessária, adequada e proporcional e não pode ser eficazmente substituída por medidas cautelares alternativas neste momento”, completou.
Braga Netto foi denunciado pela própria PGR por suposta participação em articulações para um suposto ‘golpe de Estado’ e virou réu no fim de março, em julgamento da Primeira Turma do STF que incluiu também o ex-presidente Bolsonaro.
Ele também é investigado por, supostamente, ter tentado acessar informações da delação premiada de Mauro Cid e por possível apoio logístico e financeiro a militares envolvidos em planos contra ministros da Corte. E mais: Fábio Wajngarten é demitido do PL após vazamento de críticas a Michelle Bolsonaro. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: O Globo)
