A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de emendas parlamentares por meio da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).
A Polícia Federal já havia indiciado Juscelino em junho, apontando indícios dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O caso agora está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Flávio Dino, que deve abrir prazo para manifestação da defesa antes do julgamento pela Primeira Turma da Corte — composta também por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin.
Juscelino Filho é o primeiro ministro do governo Lula a ser denunciado pela PGR. Em junho, o petista havia dito que só afastaria o titular da pasta caso houvesse denúncia formal — o que agora se concretizou.
As investigações apontam que, quando deputado federal, Juscelino teria direcionado emendas para o município de Vitorino Freire (MA), administrado por sua irmã, e recebido propina por meio de empresas de fachada.
A defesa do ministro alega que ele é inocente e chama as acusações de “factoides”. Em nota, afirmou que essa será a chance de “colocar um fim definitivo a essa maratona de factoides que vem se arrastando por quase 3 anos”. Os advogados disseram ainda que a denúncia não tem relação com sua atuação como ministro e que ele apenas indicou recursos para obras que deveriam ser executadas e fiscalizadas pelo Executivo.
A equipe jurídica também declarou não ter sido oficialmente notificada e criticou o que chamou de vazamentos seletivos: “Em se confirmando, temos um indício perigoso de estarmos voltando à época punitivista do Brasil”, diz o comunicado. E mais: Prefeito de cidade da BA nocauteia secretário em luta exibição de boxe. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: CNN)