PGR reforça pedido de arquivamento de inquérito contra deputada sobre ‘8 de janeiro’

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) reafirmou na terça-feira (15) o pedido para arquivar o inquérito que investiga a participação da deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE) nos atos de 8 de janeiro. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou sua manifestação ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes.

A investigação contra a deputada foi aberta por suposta incitação aos ataques, após uma postagem em suas redes sociais. Em maio de 2023, a PGR já havia solicitado o arquivamento do processo, entendendo que não houve crime por parte de Clarissa. Esse parecer foi apresentado durante a gestão de Augusto Aras na PGR.



Na atual gestão, Gonet pediu novas informações à Polícia Federal (PF), buscando esclarecer a localização da deputada durante os eventos. As investigações mostraram que Clarissa Tércio estava com a família em um resort na praia de Muro Alto, em Ipojuca, litoral sul de Pernambuco, no dia dos ataques.

“O levantamento de voos nacionais em nome de Erica Clarissa Borba Cordeiro de Moura e Jose Ivanildo de Moura Junior [cônjuge da deputada] indica que eles não viajaram de avião em janeiro de 2023”, declarou Gonet. “A resposta do Condomínio Beach Class, por sua vez, aponta que o casal, acompanhado de familiares, realizou check-in no local em 08/01/2023, às 14h35, e check-out em 12/01/2023, às 11h49”.



De acordo com Gonet, essas informações “não alteram o quadro fático delineado nas manifestações anteriores”.

Clarissa Tércio segue sendo investigada por ter compartilhado um vídeo em seu perfil no Instagram, que mencionava os atos de 8 de janeiro. No vídeo, uma manifestante afirma: “Acabamos de tomar o poder. Estamos dentro do Congresso. Todo povo está aqui em cima. Isso vai ficar para a história, a história dos meus netos, dos meus bisnetos”.



Em depoimento à PF, a deputada explicou que recebeu o vídeo em um grupo de WhatsApp e apenas republicou o conteúdo. No relatório final da investigação, a PF indicou que a conduta de Clarissa poderia ser classificada como “crime de opinião”, mas a definição sobre o tipo penal cabe à PGR. E mais: Toffoli afirma ter anulado decisões da Lava Jato com ‘muita tristeza’ ao constatar erros do Estado. Clique AQUI para ver. (Foto: Ag. Câmara; Fonte: CNN)

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