8 de Janeiro: PF prepara nova estratégia contra acusados que deixaram Brasil

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A Polícia Federal prepara uma nova etapa de sua atuação contra os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro de 2023. A prioridade agora são os réus que estão foragidos na Argentina, com atenção especial para Léo Índio, primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação foi divulgada com exclusividade pelo portal Metrópoles.

Conforme a reportagem, investigadores da PF consideram duas frentes de atuação: a primeira envolve o acionamento direto da Interpol, enquanto a segunda aposta em uma nova tentativa de cooperação com as autoridades argentinas, utilizando os canais diplomáticos já existentes entre os dois países.

Segundo o Metrópoles, “embora analise cada caso individualmente, a PF resiste em recorrer à Interpol para um ‘pente-fino’, pois há um acordo de cooperação jurídica entre Brasil e Argentina que permite a captura de foragidos”.

Ainda assim, os investigadores não descartam totalmente esse caminho, e preparam uma lista de nomes a ser encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), para viabilizar as ordens formais de prisão.

De acordo com a publicação, o entendimento dentro da PF é que a melhor estratégia seria manter o contato direto com as autoridades argentinas, como aconteceu no final de 2023, quando a Justiça local determinou a prisão de 61 brasileiros envolvidos no episódio.

A via diplomática, caso seja novamente adotada, envolveria o Ministério da Justiça e o Itamaraty, segundo o Metrópoles. Parte dos foragidos já solicitou refúgio político ao governo de Javier Milei, enquanto outros podem ter deixado a Argentina. Alguns, porém, foram presos no país vizinho.

Por isso, a PF também articula com outros países e mantém diálogo com a Interpol, ainda que sem pedidos formais de prisão por enquanto.

No caso específico de Léo Índio, a PF trata a situação com cautela para não gerar um incidente diplomático com o governo argentino. Ainda segundo o Metrópoles, “a PF teme criar um mal-estar com o governo argentino e quer evitar a exposição desnecessária do caso”.

Atualmente, Léo Índio está na Argentina com um documento que lhe garante estadia provisória até 4 de junho. Esse documento permite que ele trabalhe, estude e utilize serviços públicos, mas não garante proteção automática contra extradição, como ocorreria se o asilo político fosse formalmente concedido. Segundo o Metrópoles, esse pedido de asilo já foi apresentado ao governo argentino.

O colegiado do STF rejeitou um recurso apresentado por seus advogados e deu continuidade ao processo penal no formato de julgamento virtual.

A nova ofensiva da PF indica que o cerco está se fechando para os foragidos da Justiça brasileira, inclusive para aqueles que buscaram abrigo no exterior. E mais: Armínio Fraga, que apoiou Lula, defende congelamento do salário mínimo por 6 anos. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: EBC)

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