Petrobras pode sofrer processos após decisão do governo de interromper venda de ativos

direitaonline



A Petrobras pode sofrer uma enxurrada de processos por quebra de contratos depois que a empresa interrompeu as vendas de ativos planejados a pedido do governo esquerdista de Lula, disseram advogados especializados nesta sexta-feira (3). É o que informa reportagem da agência de notícias internacional Reuters.

Segundo o texto, o governo solicitou à estatal, essa semana, para suspender, por 90 dias, desinvestimentos no valor de mais de US$ 2 bilhões, com o governo dizendo que estava ‘reavaliando a política energética nacional’ do país. A empresa, caso decida por pressão política petista de fato anular as vendas, poderia ter problemas.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, indicado pelo petista, disse a repórteres na quinta-feira que “está tudo parado para análise”. A Petrobras ainda não confirmou formalmente sua decisão ao governo.

“Não há possibilidade de suspensão dos contratos assinados. Não há previsão para isso”, disse à Reuters Alexandre Calmon, sócio-chefe da área de energia do escritório de advocacia Campos Mello Advogados. “Isso seria uma quebra de contrato”, disse ele, acrescentando que se “a Petrobras deixar de fazer algo que é obrigada a fazer, pode ser responsabilizada”.

O advogado explicou ainda que os processos de venda já assinados, mas não concluídos, não estão sob o controlo da petrolífera. Existem cláusulas no contrato que devem ser cumpridas por todas as partes envolvidas, disse Calmon.

Outra fonte da Reuters, Giovani Loss, sócio especializado em petróleo e gás do escritório de advocacia Mattos Filho, também sinalizou a “possibilidade de ações judiciais contra a Petrobras por cancelamento intencional de transações assinadas”.
“Suspender as vendas por motivos políticos leva a uma discussão sobre quebra de contrato”, acrescentou, mas observou que não conseguia “lembrar de uma situação semelhante no Brasil”.

Os negócios paralisados pelo governo Lula ainda a serem concluídos incluem a venda de 22 ativos para a 3R Petroleum e a venda do cluster Norte Capixaba para a Seacrest por até US$ 544 milhões.

“Para ser sincero, o que aconteceu não me surpreendeu porque o Partido dos Trabalhadores em seu programa de governo dizia que ia fazer exatamente isso, que ia cancelar (as vendas)”, disse Paulo Valois, sócio da Schmidt Valois Advogados. E veja também: Bolsonaro nega ilegalidade sobre joias sauditas; Michelle ironiza ‘Estadão’. Clique AQUI para ver.


Fonte: Reuters
Foto: Agência Brasil

Gostou? Compartilhe!
Next Post

José Rainha é preso em São Paulo após ‘carnaval vermelho’ de grupo sem terra

O líder da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), José Rainha Junior, foi preso nesse sábado (4), em operação da Polícia Civil de São Paulo, no Pontal do Paranapanema, oeste do Estado de São Paulo. A operação prendeu também Luciano de Lima, outra liderança do movimento. Ex-membro do […]