Petrobras já vende gasolina a R$ 0,77 em defasagem ao mercado exterior

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A Petrobras está enfrentando uma crescente defasagem nos preços dos combustíveis, mesmo com a alta dos preços internacionais do petróleo.

Segundo um recente relatório divulgado pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) nesta sexta-feira (28.jul.2023), o preço médio da gasolina vendida nas refinarias da estatal está 24% abaixo dos preços internacionais, enquanto o óleo diesel apresenta uma defasagem de 21%.

O aumento nos preços do petróleo e seus derivados tem sido observado globalmente nas últimas semanas. Até junho, o barril tipo Brent oscilava entre US$ 70 e US$ 75, o que permitiu à Petrobras realizar dois cortes nos preços, desvinculando-se do PPI (Preço de Paridade de Importação).

O último reajuste foi aplicado em 1º de julho, reduzindo o preço do diesel nas refinarias em 12,8% e da gasolina em 5,3%.

Contudo, o cenário mudou drasticamente. Durante julho, as cotações do barril tipo Brent têm aumentado diariamente e, atualmente, as projeções futuras indicam valores acima de US$ 83 por barril.

A Abicom aponta que, apesar da estabilidade cambial, a escassez de petróleo no cenário global está pressionando os preços futuros. Com essa defasagem crescente, existe a possibilidade de a Petrobras realizar, nos próximos dias, o primeiro reajuste ascendente dos combustíveis desde o início da nova política de preços. Desde maio, a empresa deixou de se basear exclusivamente no PPI para definir os preços, mas as cotações do barril e o câmbio ainda influenciam o cálculo.

De acordo com a Abicom, a diferença média entre o preço do diesel nas refinarias da Petrobras e as cotações internacionais é de R$ 0,78, enquanto a gasolina é comercializada, em média, R$ 0,77 mais barata.

Apesar de manter os preços congelados, a Petrobras tem aumentado a importação de diesel. No segundo trimestre, o volume importado de barris cresceu 32,95%, considerando os preços de referência internacionais.

 

 

Com a nova política de preços em vigor, a Petrobras não deixa de levar em conta o mercado internacional, mas utiliza outras referências para o cálculo, incorporando também as condições do mercado interno. São considerados o ‘custo alternativo do cliente’, baseado nas opções disponíveis no mercado, e o valor marginal para a própria companhia, levando em conta as condições de produção, importação e exportação.

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Fontes: Poder360; G1
Foto: Agência Brasil

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