A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (8) que aumentará em R$ 0,20 o preço do litro da gasolina a partir desta terça-feira (9). Com o reajuste, de 7,12%, o preço de venda da gasolina para as distribuidoras passará a ser de R$ 3,01 por litro.
O impacto no preço da gasolina vendida ao consumidor final, que tem 27% de etanol em sua composição, deverá ser de R$ 0,15 por litro. No entanto, o valor cobrado pelos postos de combustível depende de cada varejista, uma vez que ainda são incluídos no valor as margens de lucro do comerciante e da distribuidora, além dos custos associados ao transporte.
Segundo a Petrobras, esse é o primeiro reajuste da gasolina neste ano. A última vez que a estatal havia modificado o preço do produto havia sido em 21 de outubro de 2023, quando houve redução de 4%. O último aumento ocorreu em 16 de agosto daquele ano (16%).
GLP
A Petrobras também anunciou aumento do preço do gás de cozinha (GLP), que subirá R$ 3,10 por botijão de 13h kg (9,81%) e passará a custar R$ 34,70. O último ajuste no preço do gás de botijão havia sido feito em 1º de julho de 2023, quando houve queda (-3,9%). O último aumento (24,9%) havia sido feito em 11 de março de 2022.
Inflação
O reajuste pressiona ainda mais as expectativas de aumento da inflação brasileira, que mais uma vez apresentaram tendência de alta entre os economistas ouvidos pelo Boletim Focus: pela nona semana seguida, a projeção do IPCA de 2024 foi elevada.
Considerando o preço médio da gasolina no país em junho, o economista André Braz, da FGV, estima que o impacto sobre o IPCA seja sentido em julho (mais 0,08 ponto percentual) e agosto (mais 0,05 ponto percentual).
É o primeiro ajuste nos preços de venda de gasolina pela estatal desde outubro de 2023. A empresa vinha operando com elevada defasagem nas últimas semanas, diante do aumento das cotações internacionais do petróleo e da desvalorização do real frente ao dólar.
Na abertura do mercado desta segunda, por exemplo, o preço médio da gasolina nas refinarias da Petrobras estava R$ 0,59 por litro abaixo da defasagem medida pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
A Petrobras defende que sua ‘estratégia comercial’, implantada em maio de 2023 para cumprir promessa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “abrasileirar” os preços, evita repasses de volatilidades no mercado internacional para os preços internos dos combustíveis no país. E mais: Bolsonaro ironiza erro da PF em cálculo no caso das joias. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: EBC; Folha de SP)