Pedido de impeachment de Lula tem mais assinaturas do que os que derrubaram Dilma e Collor

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O pedido de impeachment de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apresentado nessa quinta-feira (22), conta com um número de assinaturas superior aos requerimentos que resultaram na queda de Fernando Collor e Dilma Rousseff. Estes foram os únicos presidentes a sofrerem impeachment desde a promulgação da Constituição Federal de 1988.

O pedido, liderado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), reuniu 140 assinaturas; outros quatro parlamentares já manifestaram interesse em assinar a lista na segunda-feira. Com um requerimento de 49 páginas, o documento acusa o petista de comprometer a neutralidade brasileira ao realizar um “ato de hostilidade contra Israel” por meio de “declarações de cunho antissemita”.

Em comparação, o pedido de impeachment contra a petista Dilma Rousseff, coordenado pelos juristas Janaina Paschoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, teve 47 assinaturas. Esse pedido se fundamentou nas chamadas “pedaladas fiscais” e na edição de decretos de abertura de crédito sem a devida autorização do Congresso.

Já no caso de Fernando Collor, o pedido de impeachment, redigido por 18 juristas e liderado por Barbosa Lima Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), e Marcello Laveniére, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), resultou na primeira cassação de um presidente desde a redemocratização em 1992.

O requerimento contra Collor, entregue no dia 1º de setembro daquele ano, levou em consideração o relatório final de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou um esquema de corrupção que envolvia o ex-presidente e o seu tesoureiro de campanha, Paulo César Farias.

É relevante notar que o pedido de impeachment contra Lula supera também o número de assinaturas do requerimento de afastamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com maior adesão. Protocolado em 30 de agosto de 2021 e chamado à época de ‘superpedido’, foi assinado por 46 parlamentares, entidades representativas da sociedade e personalidades.

O “superpedido” contra Bolsonaro o acusava de omissões e erros no enfrentamento à pandemia de covid-19 e de atentar contra o livre exercício dos Três Poderes. Entretanto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), optou por não dar prosseguimento ao requerimento. E mais: Zema confirmado na Paulista. Clique AQUI para ver. (Foto: Palácio do Planalto; Fonte: Estadão)

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