Oposição adia instalação da CPMI do INSS

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A oposição no Congresso decidiu postergar, nesta terça-feira (6), a entrega do requerimento para instaurar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) voltada ao INSS.

O grupo busca reforçar o número de assinaturas no Senado e aumentar a pressão sobre o presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (União-AP), que tem resistido em colocar o tema na pauta.

A deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) lideram o movimento para reunir as assinaturas necessárias. Ambas defendem que o Congresso assuma o protagonismo nas investigações sobre possíveis fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social.

A prerrogativa de autorizar a abertura formal da comissão cabe a Alcolumbre, que, segundo aliados, tem adotado uma postura ‘cuidadosa’ diante do tema. Ele busca evitar atritos com o Palácio do Planalto, especialmente em um momento de aproximação com Lula.

Outro fator que atrasa o avanço da CPMI é a agenda internacional do senador, que estará ausente entre os dias 6 e 14 de maio em viagens à Rússia e à China acompanhando Lula.

Durante esse período, fica impossibilitada a leitura do requerimento em plenário — etapa essencial para que a comissão seja oficialmente criada.

A oposição quer investigar, por meio da CPMI, irregularidades reveladas pela Polícia Federal na operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril. A ação apura um esquema que aplicava cobranças indevidas sobre benefícios previdenciários, especialmente aposentadorias e pensões.

Foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária em 13 estados e no Distrito Federal. Segundo a PF, foram detectadas “irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários”.

 

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