Assembleia da ONU aprova resolução que pede fim da guerra na Ucrânia

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A Assembleia Geral adotou, nesta quinta-feira (23), uma resolução pedindo fim da guerra na Ucrânia. O texto, que foi à votação um dia antes do conflito completar um ano, teve 141 votos a favor, sete abstenções e 32 contra.

Entre os que se abstiveram estão China, Índia, Moçambique e Angola. Os países que votaram contra o texto são Rússia, Belarus, Coreia do Norte, Síria, Mali, Eritreia e Nicarágua. O Brasil votou a favor.

Consequências humanitárias
A resolução pede às partes do conflito e à comunidade internacional que busquem formas de mediar a paz, destacando que acabar com a guerra fortaleceria a paz e segurança internacionais.

A resolução também pede que a Rússia retire suas tropas do território ucraniano e deplora as consequências humanitárias causadas pela agressão russa contra Ucrânia, ressaltando os ataques às infraestruturas civis e o crescente número de vítimas.

O documento reafirma o compromisso com a soberania, independência, unidade e integridade territorial da Ucrânia dentro de suas fronteiras reconhecidas internacionalmente.

Crises causadas pela guerra
A resolução aponta os efeitos da guerra na segurança alimentar, energética e nuclear, pedindo uma solução imediata em conformidade com os princípios previstos na Carta da ONU. As provisões também querem que os atores de crimes de guerra enfrentem processos internacionais.

Representantes de mais de 75 países se dirigiram à Assembleia Geral durante dois dias de debate. Na abertura da sessão, o secretário-geral da ONU destacou os efeitos da guerra, lembrando que 40% dos ucranianos precisam de ajuda humanitária e que a violência já deixou 8 mil mortos. Nesta sexta-feira, o Conselho de Segurança também se reúne para debater o conflito.

Solicitação de emendas
Na sessão da Assembleia Geral foram avaliadas duas propostas de emendas enviadas por Belarus, que não obtiveram os votos mínimos para aprovação.

O texto rejeitado retirava as disposições responsabilizando a Rússia pelo início do conflito e pedindo a retirada das tropas russas o mais rápido possível. As mudanças previam a resolução pacífica do conflito e a proibição do fornecimento de armas à Ucrânia. As resoluções da Assembleia Geral não são vinculativas e nenhum Estado-membro possui direito a veto no órgão.


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Fonte: ONU
Foto: ONU

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