Nubank reconsidera Argentina: “impossível ignorar o que Milei está fazendo”

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O Nubank está novamente de olho na Argentina como parte de sua estratégia de crescimento na América do Sul. “Estamos reconsiderando a Argentina. Acho que é impossível ignorar o que Milei está fazendo e a reviravolta do país. Acho que todo mundo na América Latina está torcendo para que ele seja bem-sucedido”, afirmou David Vélez, fundador e CEO do banco digital, durante o evento Bloomberg New Economy, realizado em São Paulo nesta quarta-feira, 23.

Embora Vélez tenha destacado que ainda não há uma decisão final, os próximos 12 a 24 meses serão cruciais para o banco avaliar a situação. “A rapidez com que a realidade na Argentina está mudando impressionou a todos. É uma das maiores economias na América Latina, tem um dos melhores níveis de capital humano na região, algumas das melhores faculdades, mas a economia ainda não tem crédito […] Temos curiosidade para que vai acontecer”, afirmou o executivo, destacando que o mercado de crédito no país oferece oportunidades únicas, já que atualmente é praticamente inexistente.



Segundo Vélez, os bancos argentinos captam dinheiro dos consumidores a taxas muito baixas e investem em títulos do Banco Central. Ele acredita que em algum momento haverá um mercado de crédito mais robusto no país. “Estamos curiosos para ver o que vai acontecer”, completou.

Enquanto a Argentina desperta interesse, os Estados Unidos estão fora dos planos de expansão do Nubank. Mesmo com uma grande população de sub-bancarizados e representando o maior PIB de latinos, Vélez afirma que o mercado norte-americano é complicado devido à forte regulação bancária. “O Brasil superou completamente os EUA nos últimos 10 anos em termos de digitalização. Nos EUA, a regulação imposta pelos grandes bancos impede a entrada de fintechs”, destacou.



Apesar de ter 60% da população brasileira como clientes, Vélez vê espaço para o Nubank crescer ainda mais no Brasil. Atualmente, a empresa detém 14% do mercado de cartões de crédito, 7% de empréstimos pessoais e apenas 2% em investimentos e poupança. “Ainda temos um enorme potencial de expansão no Brasil”, disse o CEO.

Para Vélez, o próximo grande passo para o banco virá da exploração dos serviços bancários já oferecidos, especialmente as contas correntes. “O Nubank já é o principal banco para muitos brasileiros, mais do que os bancos tradicionais. Ver uma fintech se tornar o banco principal é algo raro em qualquer lugar do mundo”, afirmou o executivo. E mais: Bancos já aumentam juros do crédito imobiliário. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Exame; Money Times)

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