Em nota, Governo Lula critica ‘processo eleitoral’ na Venezuela

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O ministério das Relações Exteriores criticou, nesta terça-feira (26), o ‘processo eleitoral’ na Venezuela, por impedir a inscrição da candidata opositora Corina Yoris nas eleições de julho.

Ela foi indicada pela líder da oposição, Maria Corina Machado (que já estava impedida de concorrer) para substituí-la, mas não obteve sucesso para inscrever a chapa até o fim do prazo, à 0h de hoje.

“Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial”, disse a chancelaria, em nota.

Na madrugada desta terça, a principal coligação de oposição da Venezuela denunciou que as autoridades eleitorais não permitiram o registro da candidatura de Corina Yoris, negando-lhe acesso ao sistema de inscrição.

Entretanto, na mesma nota, o governo brasileiro diz: “O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil”, diz o texto.
“O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo.”

É a primeira vez desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o governo critica abertamente a ditadura chavista. Veja abaixo a nota na íntegra publicada pelo Itamaraty.

“Esgotado o prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas, na noite de ontem, 25/3, o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país.

Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial.

Onze candidatos ligados a correntes de oposição lograram o registro. Entre eles, inclui-se o atual governador de Zulia, também integrante da Plataforma Unitaria.

O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil.

O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo.” E mais: Tribunal Superior do Trabalho condena Marfrig em R$ 1,7 milhão. Clique AQUI para ver. (Foto: Palácio do Planalto; Fontes: Itamaraty; Estadão)

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