Nesta quarta-feira (7), a Nicarágua decidiu expulsar o embaixador brasileiro Breno Souza da Costa (foto) de sua capital, Manágua, conforme noticiado pela imprensa local e reportado no Brasil por veículos como G1 e Folha de São Paulo. A medida ocorre em meio a um suposto ‘aumento das tensões diplomáticas’ entre os dois países.
De acordo com o G1 citando uma fonte do Itamaraty, o governo nicaraguense expressou ‘descontentamento’ após a ausência de um representante brasileiro na comemoração do aniversário da Revolução Sandinista, realizada em 19 de julho. Embora o Brasil ainda não tenha confirmado oficialmente a expulsão, o veículo diz que as relações entre Brasília e Manágua vinham se ‘deteriorando’ há algumas semanas.
Há cerca de uma semana, a embaixada brasileira em Manágua recebeu uma queixa formal do governo de Daniel Ortega, acompanhada de uma ameaça de expulsão do embaixador. Breno Souza da Costa foi informado de que teria 15 dias para deixar o país.
O Itamaraty justificou a ausência do embaixador na celebração devido ao congelamento das relações diplomáticas entre Brasil e Nicarágua, uma medida tomada pelo governo Lula em resposta à repressão de Ortega contra líderes religiosos. O Brasil havia solicitado a libertação de bispos detidos na Nicarágua desde 2022, mas não obteve resposta favorável.
A imprensa nicaraguense atribui a informação da expulsão a fontes do Ministério de Relações Exteriores do país. Até o momento da última atualização desta reportagem, o governo da Nicarágua não havia emitido um comunicado oficial sobre o caso.
Arturo McFields, ex-embaixador da Nicarágua na Organização dos Estados Americanos (OEA), também confirmou a expulsão com base em informações obtidas junto ao Ministério de Relações Exteriores nicaraguense.
A expulsão de um embaixador representa um ato de grande gravidade nas relações diplomáticas entre duas nações, indicando um momento crítico na interação entre Brasil e Nicarágua. E mais: Presidente do STF pede desculpas a Maria da Penha por falhas da Justiça em seu caso. Clique AQUI para ver. (Foto: Agência Senado, via G1; Fonte: G1)
