Navio do capitão James Cook é encontrado após 250 anos no fundo do mar

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O destino do navio Endeavour, comandado pelo capitão britânico James Cook, acaba de ser desvendado após mais de dois séculos de incerteza. O famoso veleiro, que protagonizou uma das maiores expedições da história naval entre 1768 e 1771, foi finalmente identificado em meio a destroços submersos na Baía de Newport, em Rhode Island, nos Estados Unidos.

A confirmação veio por meio de um relatório recente do Museu Marítimo Nacional Australiano (ANMM), que lidera as buscas pelo navio desaparecido desde 1999. O trabalho arqueológico minucioso envolveu décadas de mergulhos, análises estruturais e comparação com plantas náuticas da época.

A embarcação ficou marcada como o primeiro navio europeu a alcançar a costa leste da Austrália, além de ter dado a volta completa na Nova Zelândia, consolidando-se como peça-chave da era das grandes explorações.

Após cumprir suas missões originais, o navio foi vendido e rebatizado como Lord Sandwich em 1775. Três anos depois, em meio à Guerra Revolucionária Americana, acabou propositalmente afundado para obstruir a passagem de embarcações inimigas.

Os arqueólogos associaram o naufrágio conhecido como RI 2394 ao Endeavour após detectarem coincidências notáveis com os registros históricos: medidas precisas, a localização exata dos mastros e até as técnicas de reparo utilizadas. “O tamanho de todos os escantilhões de madeira é quase idêntico ao do Endeavour, e estou falando em milímetros – não polegadas, mas milímetros”, afirmou o arqueólogo Kieran Hosty, segundo o New York Post.

A análise do tipo de madeira usada na construção — proveniente do Reino Unido — também reforçou a tese. Já James Hunter, outro especialista do museu, lembrou que o navio foi afundado de forma estratégica e, por isso, dificilmente teria deixado para trás itens valiosos. “Qualquer coisa que fosse de valor teria sido retirada daquele navio antes de afundar”, observou.

Com as evidências reunidas, o mistério do paradeiro do Endeavour — um dos maiores enigmas da história naval — parece, enfim, resolvido.

O capitão
James Cook foi um navegador, cartógrafo e explorador britânico que se tornou uma das figuras mais importantes da história das grandes navegações. Nascido em 27 de outubro de 1728, em Marton, na Inglaterra, Cook é lembrado por suas três grandes viagens de exploração pelos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico, realizadas no século XVIII.

Inicialmente formado na marinha mercante, Cook ingressou na Marinha Real Britânica e rapidamente se destacou por suas habilidades em navegação e levantamento cartográfico. Seu primeiro grande feito veio durante a Guerra dos Sete Anos, quando mapeou com precisão o rio São Lourenço, no Canadá, ajudando os britânicos a conquistar Quebec.

Mas foi sua primeira viagem ao Pacífico, entre 1768 e 1771, a bordo do navio Endeavour, que o eternizou. Nessa expedição, além de observar o trânsito de Vênus do Taiti, Cook mapeou a costa da Nova Zelândia e foi o primeiro europeu a alcançar a costa leste da Austrália. A missão também teve caráter científico, com a presença do botânico Joseph Banks, e resultou em uma das mais detalhadas descrições de terras até então pouco conhecidas pelos europeus.

Em viagens posteriores, Cook explorou as ilhas do Pacífico Sul, atravessou o Círculo Polar Antártico e navegou até o litoral do Alasca, buscando uma passagem do Noroeste entre os oceanos Atlântico e Pacífico — sem sucesso.

Sua carreira terminou tragicamente em 1779, durante sua terceira viagem ao Pacífico, quando foi morto no Havaí após um conflito com nativos. Mesmo com o fim prematuro, Cook deixou um legado duradouro na ciência, na cartografia e na compreensão geográfica do mundo. (Fotos: divulgação ANMM; Fonte: Aventuras na História)

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