A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, afirmou nesta sexta-feira (31 de janeiro de 2025) que o deficit de R$ 8,07 bilhões das empresas estatais, o mais alto da história, não deve ser considerado um “rombo”.
Segundo Dweck, este resultado negativo é meramente uma reflexão contábil e não deve ser visto como prejuízo, uma vez que a maioria das empresas é lucrativa.
“Não chamem de rombo, a gente já explicou isso, é bom lembrar. Hoje, o que foi divulgado pelo Banco Central é o resultado fiscal das empresas, que contempla apenas as receitas e despesas anuais. Como eu já expliquei várias vezes, muitas despesas que são feitas pelas estatais utilizam recursos que estavam em caixa e, portanto, geram um resultado deficitário mesmo que as empresas tenham lucro”, explicou a ministra durante uma coletiva de imprensa após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a situação dos Correios.
“Primeiro, não é rombo. Não chamem de rombo. O que foi divulgado pelo Banco Central é o resultado fiscal das empresas que pensa só as receitas e despesas do ano. Como eu já expliquei várias vezes, muitas despesas feitas pelas estatais são com o dinheiro que estava em caixa.… pic.twitter.com/RMBosVlq6V
— GloboNews (@GloboNews) January 31, 2025
As estatais terminaram 2024 com o maior deficit já registrado desde o início da série histórica, em 2002. O Banco Central publicou o relatório “Estatísticas Fiscais” nesta sexta-feira (31).
Renato Baldini, chefe-adjunto do departamento de estatísticas do Banco Central, esclareceu nesta sexta-feira (31) que o levantamento da autoridade monetária abrange todas as estatais do país (federais, estaduais e municipais), exceto a Petrobras e as empresas financeiras como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Em 2023, o deficit das estatais foi de R$ 2,27 bilhões, com um aumento de 255,8% no ano anterior. Dados do Banco Central indicam que o deficit acumulado das estatais durante o governo Lula atingiu a marca de R$ 10,3 bilhões.
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Gestão e Inovação na quinta-feira (30 de janeiro), os Correios são os principais responsáveis pelo deficit primário das estatais federais, apresentando um saldo negativo de R$ 3,2 bilhões. E mais: Carlos e Eduardo Bolsonaro se manifestam sobre cassação de Carla Zambelli. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Poder360)
