“O brasileiro vai voltar a comer picanha e tomar uma cervejinha no final de semana”. Essa é uma das principais promessas de campanha de Lula, na tentativa de fazer o povo brasileiro acreditar que a vida de 2003 a 2016 era maravilhosa. No debate da Band, no último domingo, o petista voltou a repetir essa conversa.
Mas saiba que Lula não foi o primeiro a falar em churrasco para conseguir votos. Na Argentina, seu amigo Alberto Fernández prometeu a mesma coisa. Chegou até a fazer vídeo de campanha apelativo usando a imagem de um argentino encostado em uma churrasqueira “abandonada”.
No começo deste ano, o canal de notícias da Argentina La Nacion lembrou dessa promessa ao noticiar a queda do consumo de carne dos argentinos. “E pensar que este governo, em campanha presidencial, havia prometido prometeu que os argentinos voltariam a comer asado”, lembrou o apresentador. Assista abaixo!
“Chegou o final de semana e alguém disse: ‘Ei, churrasco ?’ A verdade é que começando a perder essas coisas… O bom é que daqui a pouco tudo isso vai melhorar”, dizia uma propaganda da Frente de Todos, de Alberto e Cristina, que foi publicado durante a campanha eleitoral em que Fernández foi o vencedor.
O vídeo voltou a circular nas redes entre os argentinos após uma frase do ex-presidente Mauricio Macri, que afirmou: “O kirchnerismo prometia churrasco e hoje temos o menor consumo de carne per capita em 100 anos”.
De acordo com a série histórica, o consumo de carne bovina por habitante na Argentina caiu em 2020 para 49,7 quilos por mês, e se classificou como a pior marca desde 1920, quando o consumo médio foi de 46,9 quilos.
Para ter uma ideia, o pico de consumo de carne bovina nos últimos 100 anos foi de 100 quilos por habitante/mês em 1958, valor que foi diminuindo gradativamente e que, nos últimos 10 anos, caiu para o patamar de 55 quilos médios por habitante. Durante a gestão de Macri, variou entre 55 e 58 quilos.
Ou seja, em apenas 3 anos, o consumo de carne na Argentina na gestão de Alberto e Cristina já caiu 9 quilos/anos, equivalente a 16%. Entre os mais pobres, a quantidade pode ser ainda menos. Já a inflação na Argentina bateu um novo recorde e chegou a maior alta de preços dos últimos 31 anos. O país vizinho alcançou o índice inflacionário de 83%.
