Segundo reportagem do colunista José Roberto de Toledo, do portal UOL, “um recado foi dado pelo MST a ministros de Lula”. Clique AQUI para ler na íntegra.
De acordo com o jornalista, o grupo fez chegar ao governo petista que “o mês de abril deverá ser mais vermelho do que foi no ano passado”. Assim o MST está prevendo mais invasões de terra do que em 2023. No ano passado, diversas propriedades foram invadidas pelo ‘movimento’, com ênfase ao interior paulista. Com a repercussão negativa, o próprio governo petista pediu aos líderes do MST que interrompessem as invasões. Houve também casos na Bahia e Paraná.
Ainda de acordo com José Toledo, a cúpula nacional do MST se reúne até sábado para definir ‘ações’ da chamada ‘Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária’.
Diz o colunista que Lula pediu, na reunião ministerial de segunda-feira (18), para seus subordinados avisarem com antecedência se há sinais de crise para governo tentar preveni-las, mas não há garantias de que Lula tenha sido informado sobre as intenções do MST. O petista, segundo informações da imprensa, está incomodado com sua queda de popularidade medida pelos institutos de pesquisa.
Segundo a reportagem, o MST reclama da quantidade de terras destinadas à ‘reforma agrária’ pelo governo petista, que, por sua vez, se defende dizendo não haver verba suficiente para indenizações de mais áreas.Não há comentários na reportagem do colunista, porém, a respeito da quantidade mais do que elevada de assentamentos para famílias realizados pelo governo passado.
No ano passado, foram duas áreas adquiridas pelo governo federal para fins de reforma agrária, o que seria mesma média dos anos Bolsonaro. Em 2003, primeiro ano do governo Lula 1, foram 294 áreas obtidas para reforma agrária. Em 2007, primeiro ano do governo Lula 2 foram 183.
A explicação do governo é que não há verbas no orçamento herdado de Bolsonaro para esse fim. No orçamento deste ano as verbas seria maiores, mas ainda precisaram serem ‘executadas’. As invasões prometidas pelo MST para o próximo ‘abril vermelho’ é para que esse dinheiro seja gasto com mais rapidez, explica o jornalista.
Por fim, José Roberto de Toledo, em sua coluna, afirma que “o problema é que a toda ação de ocupação de terras pelo MST corresponde uma reação da direita bolsonarista”.
No ano passado, o abril vermelho alimentou a CPI do MST no Congresso, e para este ano os parlamentares de direita já começaram a se movimentar antes de as invasões ocorrerem. (Foto: EBC; Fonte: UOL)