Mourão rebate Barroso e questiona transparência em reunião de autoridades

direitaonline



Em discurso no plenário do Senado nesta terça-feira (26), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) destacou o momento de “crise” no país, fazendo referências a denúncias contra integrantes do governo anterior.

Mourão, que ocupou o cargo de vice-presidente entre 2019 e 2022, no mandato de Jair Bolsonaro (PL), mencionou acusações de conspiração para golpe de Estado e atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.



Durante o pronunciamento, o senador se referiu ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmando compartilhar a mesma inquietação expressa por ele: “O que mais falta saber?”

Mourão seguiu questionando: “Falta saber, ministro [Barroso], como uma conspiração factualmente fracassada ou simplesmente inexistente, datada de mais de dois anos, explode midiaticamente na cara da nação sem maiores explicações, além do vazamento direcionado e seletivo de peças investigatórias ditas sigilosas.”



O parlamentar também levantou dúvidas sobre o objetivo das investigações: “A investigação quer realmente apurar os graves fatos denunciados ou criar mais um factoide político para desnortear o país?”

Outro ponto destacado por Mourão foi uma reunião recente, sem registro nas agendas oficiais, entre o presidente Lula, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ministros do STF e o diretor da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues. O senador questionou o significado e a transparência do encontro: “O que justificaria e o que significa o encontro de autoridades de Poderes distintos com a direção do braço policial do Estado?”



Em tom crítico, Mourão afirmou: “Falta saber como alguns poucos iluminados se arrogam o exercício de um poder extra constitucional que vai negando direitos elementares aos brasileiros, em diversas situações e circunstâncias. Há muito o que precisamos saber, principalmente como chegamos a esse ponto de discórdia social, de perseguições políticas, de revanches ideológicas e de tentações autoritárias.”



Finalizando seu discurso, Mourão ressaltou a importância da justiça: “Mas alguma coisa se sabe, ministro: que uma democracia não se faz política com polícia; faz-se, acima de tudo, com justiça, o fim maior do Estado.”. Assista abaixo!

Gostou? Compartilhe!
Next Post

Gilmar Mendes revoga suspensão de escolas cívico-militares em SP

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, cassou nesta terça-feira (26) a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que suspendeu, em caráter liminar (provisório), a lei que instituiu o modelo de escola cívico-militar no estado. A decisão atendeu a um pedido do governo do Estado de […]