Motta faz alerta a Haddad sobre alternativas anunciadas ao IOF

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quarta-feira (11) que as propostas econômicas apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como substituição ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), devem enfrentar forte oposição tanto no Congresso quanto no setor empresarial.

Durante o 2º Brasília Summit, promovido pelo Lide e pelo jornal Correio Braziliense, Motta se posicionou contra as mudanças antecipadas pelo governo, como o fim da isenção de Imposto de Renda sobre Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e do setor Imobiliário (LCI).

“Já comuniquei à equipe econômica que as medidas que estão pré-anunciadas deverão ter reação muito ruim não só dentro do Congresso, mas também no empresariado”, declarou.

O parlamentar frisou que sua atuação não está atrelada a nenhum projeto político pessoal. Segundo ele, sua missão como presidente da Câmara é garantir que o país tenha as condições necessárias para se desenvolver.

“Temos que entender que apresentar ao setor produtivo qualquer solução com aumento de tributos sem o governo apresentar o mínimo dever de casa não será bem aceito pelo setor produtivo e pelo Poder Legislativo”, acrescentou.

Motta destacou ainda que os títulos de crédito impactados pelas propostas são fundamentais para a sustentação de áreas estratégicas da economia, especialmente em um cenário de juros altos.

A Medida Provisória com as novas medidas fiscais pode ser publicada ainda hoje no Diário Oficial da União. Membros da base governista defendem que o texto seja encaminhado rapidamente ao Congresso, mesmo que precise ser ajustado durante a tramitação.

Entretanto, o clima entre os parlamentares — especialmente os ligados ao centrão — é de insatisfação. Muitos relataram desconforto com a condução do processo por parte do Ministério da Fazenda, que teria apresentado as alternativas sem diálogo prévio com o Legislativo.

A maior resistência, até o momento, vem da Frente Parlamentar do Agronegócio, que considera as mudanças prejudiciais ao setor e alerta para impactos na cadeia produtiva. (Foto: Ag. Câmara; Fonte: Folha de SP)

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