Motorista que morreu em acidente na BR-116 trocou escala para ajudar colega

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O motorista de ônibus que perdeu a vida no trágico acidente na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), havia trocado sua escala de trabalho para ajudar um colega. A reportagem é da Rádio Itatiaia.

Weberton da Silva Ribeiro, de 38 anos, natural de Caratinga, no Vale do Rio Doce, aceitou assumir o turno no lugar de outro motorista, que precisava levar a filha ao médico.



A informação foi divulgada por sua irmã em entrevista à rádio Itatiaia. Segundo ela, Weberton era um profissional experiente, com anos de atuação como caminhoneiro e motorista de ônibus, e estava acostumado a realizar o trajeto entre São Paulo e Bahia.

“Saiu de casa feliz. Morreu fazendo o que mais gostava”, declarou a irmã, que preferiu não se identificar.

O acidente, que aconteceu na madrugada de sábado (21), deixou ao menos 38 mortos e envolveu uma carreta, um ônibus e um carro. Weberton era o condutor do ônibus, que foi atingido por um bloco de granito que caiu da carreta, segundo informações preliminares da Polícia Rodoviária Federal (PRF).



Motorista procurado
O motorista da carreta envolvida no acidente fugiu do local e é considerado foragido. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há indícios de que ele esteja no Espírito Santo e que não sofreu ferimentos. Sua identidade não foi divulgada até o momento.

A tragédia aconteceu na madrugada deste sábado (21), no quilômetro 286 da rodovia, por volta das 4h. De acordo com informações preliminares da PRF, um bloco de granito teria se soltado da carreta e atingido o ônibus que vinha no sentido oposto.



“Informações preliminares e vestígios no local demonstram que possivelmente um grande bloco de granito se soltou da carroceria da carreta e atingiu o ônibus que seguia na rodovia, em sentido contrário”, informou a corporação à imprensa.

O impacto teria provocado atrito do material com o asfalto, dando início a um incêndio que consumiu o ônibus. Todas as 38 vítimas fatais estavam no coletivo e morreram carbonizadas.



Outras dez pessoas que estavam no ônibus sobreviveram. O veículo, da empresa Emtram, saiu de São Paulo com destino a Elísio Medrado (BA), transportando passageiros também para Santa Inês (BA) e Vitória da Conquista (BA).

No carro envolvido no acidente, três ocupantes foram resgatados com ferimentos graves. A área onde ocorreu a colisão é conhecida pela extração de granito, atividade comum na região.

Retirada de radares
Outra questão levantada foi a ausência de radares no local do acidente. A BR-116, que lidera o ranking de rodovias federais com mais mortes em 2024, teve equipamentos de controle de velocidade removidos devido ao vencimento do contrato com a empresa responsável.



Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), novos radares já foram contratados, mas a instalação só deve ser concluída até o início de 2025.

Minas Gerais é o estado com o maior número de mortes em rodovias federais, somando 628 vítimas até outubro deste ano, o que corresponde a 12,5% do total nacional, segundo a CNT.



Em nota, o Dnit afirmou que “a rodovia está em boas condições de trafegabilidade” e reforçou que, embora radares sejam ferramentas importantes para coibir o excesso de velocidade, “os motoristas precisam respeitar o Código de Trânsito Brasileiro e trafegar na velocidade estabelecida”. E mais: No ar em ‘Tieta’, ator Paulo Betti cobra mais ‘política’ nas novelas atuais. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução Itatiaia; Fontes: UOL; Itatiaia)

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