Detentos fazem motim em presídio de Franco da Rocha (SP)

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Neste sábado (20), detentos da Penitenciária I de Franco da Rocha, localizada na Grande São Paulo, provocaram um motim seguido de um incêndio dentro da unidade.

O motim teve início por volta das 10h30. Imagens captadas pelo GloboCop mostraram presos ateando fogo em lençóis e colchões no pátio da penitenciária.

Três detentos ficaram feridos e foram encaminhados para um hospital próximo, conforme nota divulgada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Além disso, quatro presos inalaram fumaça e receberam atendimento na enfermaria da unidade prisional.

Em comunicado, a SAP esclareceu que a situação ocorreu em dois pavilhões e foi totalmente controlada. “As visitas estão suspensas neste domingo (21). A motivação do motim será investigada pela SAP e devidamente informada. Uma apuração disciplinar foi aberta e todos os responsáveis irão responder criminalmente”, declarou a pasta.

De acordo com informações do site da SAP, a penitenciária de Franco da Rocha tem capacidade para abrigar 914 detentos, mas atualmente conta com 1.926 presos em regime fechado, mais que o dobro da capacidade. O local também deveria abrigar 108 detentos em regime semiaberto, porém, abriga 265 presos.

A polícia começou a dispersar os detentos por volta de 13h40. Um grupo permaneceu no telhado da penitenciária, trabalhando para reprimir o motim. Os presos foram encurralados em um dos pátios, onde foram enfileirados, despidos e sentados de costas.

O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (SIFUSPESP) afirmou que a rebelião em Franco da Rocha “é uma tragédia anunciada há anos” e que, desde 2022, alerta o governo de São Paulo sobre o sucateamento das unidades prisionais e o déficit de policiais penais.

Segundo o sindicato, essa é a primeira rebelião em quatro anos, mas houve 18 fugas do regime semiaberto entre dezembro de 2023 e maio de 2024. Além disso, nos primeiros cinco meses de 2024, foram registradas 203 agressões a policiais penais, um aumento de 276% em relação ao mesmo período do ano anterior.

“O número de assassinatos dentro das unidades prisionais quase triplicou no mesmo período, saltando de 5 para 14, evidenciando a perda do controle do Estado dentro de seus presídios”, alertou o sindicato, enfatizando a necessidade de recompor o efetivo de policiais penais, investir em infraestrutura e equipamentos de segurança, além de promover políticas públicas que possibilitem a reinserção social dos presos.

Em nota, a SAP afirmou que a atual gestão realizará, ainda este ano, um concurso para a contratação de 1.100 policiais. Veja mais abaixo! E mais: Perícia indica como filha de deputado Gilberto Cattani (PL-MT) foi morta. Clique AQUI para ver

 

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