O número de óbitos causados pela dengue no Brasil em 2024 chegou a 36 nesta segunda-feira (5 de fevereiro de 2024). Houve um aumento de 140% em menos de 7 dias, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Na terça-feira (30 de janeiro), eram registrados 15 casos. As notificações continuam a crescer progressivamente. O último levantamento do ministério, na sexta-feira (2 de fevereiro), apresentava 29 mortes. Em apenas 3 dias, ocorreram mais 7 vítimas da doença.
Os óbitos foram relatados em 10 Estados e no Distrito Federal. Minas Gerais e Paraná lideram em número, com 7 casos cada. Em seguida, está o Distrito Federal, com 6 registros. Eis o número de mortes por Estado: Minas Gerais – 7; Paraná – 7; Distrito Federal – 6; Santa Catarina – 5; São Paulo – 2; Goiás – 3; Rio de Janeiro – 2; Amapá – 1; Bahia – 1; e Espírito Santo – 1. Entretanto, a mortalidade no país diminuiu em comparação com o mesmo período de 2023. Até a 5ª semana epidemiológica do ano anterior, ocorreram 61 mortes, 25 a mais do que neste ano.
Por outro lado, o número de casos prováveis em 2024 tem excedido as infecções do último ano. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registra 345.235 casos de dengue. No mesmo período de 2023, eram 92.298. Eis o top 10 de casos de dengue em 2024: Minas Gerais – 112.349; São Paulo – 56.599; Distrito Federal – 45.782; Paraná – 41.028; Rio de Janeiro – 25.146; Goiás – 19.688; Espírito Santo – 8.790; Santa Catarina – 8.509; Amazonas – 4.391; e Acre – 4.196.
O Ministério da Saúde informou que 74,8% dos criadouros do mosquito da dengue estão nas residências. Isso significa que água acumulada em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros, fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção são os principais responsáveis pela proliferação do mosquito.
Em seguida, no ranking de maiores focos de procriação do mosquito, estão depósitos de armazenamento de água elevados (como caixas d’água, tambores e depósitos de alvenaria) e no nível do solo (como tonéis, tambores, barris, cisternas e poços/cacimbas), com 22%. Depósitos de água em pneus e lixo aparecem em seguida, com 3,2%.
A vacinação contra a dengue no SUS deve iniciar em fevereiro, priorizando a imunização de crianças de 10 a 14 anos, pois estão entre o público com maior número de internações pela doença. O Ministério da Saúde definiu uma lista de cerca de 500 municípios em 16 estados para a campanha de imunização.
Na rede privada, a vacina Qdenga é aplicada desde o segundo semestre de 2023. O imunizante foi aprovado pela Anvisa em março de 2023.
No fim de janeiro, a ministra da Saúde, Nisia Trindade, afirmou que a data exata em que a vacina contra a dengue será disponibilizada no mês de fevereiro permanece indefinida. A distribuição ainda não começou devido à necessidade da impressão da bula para o português pelo laboratório responsável, a farmacêutica Takeda.
“Nós ainda não iniciamos a distribuição porque há uma exigência que tem de ser cumprida pelo laboratório produtor, exigência regulatória da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] de que a bula esteja em português, então [o laboratório] está finalizando esse processo”, disse. E veja também: Governo Lula não dará residência humanitária a palestinos. Clique AQUI para ver. (Foto: Pixa Bay; Fonte: Poder360)