Erasmo Carlos, de 81 anos, morreu nesta terça-feira (22) no Rio de Janeiro. O cantor estava internado no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade.
No último dia 2, o artista recebeu alta após duas semanas de internação para tratar uma síndrome edemigênica, que ocorre quando há excesso de líquido preso nos tecidos do corpo. Esta síndrome pode ser provocada pelo mau funcionamento dos rins, fígado ou coração. Mas Erasmo voltou a ser hospitalizado. Segundo reportagem da Globo, ele chegou a ser intubado na ontem (21).
Fernanda Passos, esposa de Erasmo, postou em suas redes sociais: “Você é lar, você acolhe, você enxerga, você crê. Perdi a capacidade de me lembrar de como era a vida sem você, talvez ela nem tenha existido… e talvez tenha sido tão simples esquecer porque a gente se acostuma facilmente com a paz. Não foi de primeira, você brigou muito para mostrar, mas por fim encontrei a paz em você”.
Há cinco dias, Erasmo Carlos foi um dos premiados do Grammy Latino 2022. venceu a categoria Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa da premiação com o álbum “O futuro pertence à … Jovem guarda”.
O disco foi lançado em fevereiro de 2022 reunia oito canções lançadas entre 1964 e 1966 e nas vozes de artistas da Jovem Guarda, ou da pré-Jovem Guarda, mas que, até então, eram inéditas na voz do cantor.
Perfil
Erasmo Carlos nasceu em 5 de junho de 1941, no bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Conheceu seu pai somente aos 23 anos de idade. Foi um cantor, compositor, ator, músico, multi-instrumentista e escritor brasileiro.
Um dos pioneiros do rock brasileiro, nos anos 60 fez parceria com o cantor e compositor Roberto Carlos, compondo várias músicas juntos, que gravavam em seus discos em carreira solo.
Erasmo é autor de mais de 600 músicas, sendo 500 em parceria com Roberto. Criou clássicos como “Sentado à Beira do Caminho”, “Minha Fama de Mau”, “Mulher”, “Quero que tudo vá para o inferno”, “Mesmo que seja eu” e “É proibido fumar”, o artista deixa uma legião de fãs e amigos que fez pela estrada.
Na adolescência, gostava de se reunir com a turma no Bar do Divino, na Rua do Matoso. Foi nessa época em que ele conheceu Roberto Carlos, durante um concerto de Bill Haley no Maracanãzinho.
Recentemente, dezembro de 2019, lançou o EP”Quem Foi Que Disse Que Eu Não Faço Samba…”, dedicado a canções de samba, sambalanço e samba rock compostas ao longo de sua carreira.
Um ano depois, em 2020, ele assina contrato com a Netflix, como ator protagonista no longa-metragem “Modo Avião”, juntamente com Larissa Manoela. Em fevereiro de 2021 lança o álbum “O futuro pertence à… Jovem Guarda” com oito canções dos anos 60.
Além de Modo Avião, Erasmo também atuou em outros cinco filmes, como “Roberto Carlos e o Diamante Rosa”, de 1970, e “Os Machões”, em 1972, que lhe rendeu Troféu APCA daquele ano como melhor coadjuvante masculino. Assista abaixo a um Pot-pourri de Erasmo com as músicas “Minha Fama de Mau”, “Vem Quente Que Eu Estou Fervendo” e “Splish Splash”.
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