A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, natural de Niterói (RJ), foi encontrada morta nesta terça-feira (25) no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia, após cair de uma ribanceira durante uma trilha.
Ela passou quatro dias presa em uma área de encosta íngreme, sem comida, água ou abrigo, até ser localizada por equipes de resgate. A informação foi confirmada por familiares nas redes sociais, segundo o jornal O Globo.
O acidente ocorreu na madrugada da última sexta-feira (21), em um trecho considerado perigoso da trilha que leva ao topo do vulcão. Desde então, seis equipes de resgate foram mobilizadas sob condições climáticas adversas, com o apoio de helicópteros e equipamentos especializados, como uma furadeira industrial. O corpo foi achado entre 2.600 e 3.000 metros de altitude, na região de Cemara Nunggal.
O local do acidente é conhecido pela combinação de declives acentuados, rochas soltas e ausência de corrimãos ou proteções, tornando-o um dos pontos mais arriscados do trajeto. A falta de sinal de celular e a dificuldade de acesso dificultaram o contato e atrasaram o socorro imediato.
Juliana estava em uma viagem solo pelo Sudeste Asiático desde fevereiro, passando por países como Filipinas, Vietnã e Tailândia. Em seu perfil nas redes sociais, compartilhou registros recentes e escreveu:
“Fazer uma viagem longa sozinha significa que o sentir vai sempre ser mais intenso e imprevisível do que a gente tá acostumado. E tá tudo bem. Nunca me senti tão viva”, publicou no dia 29 de maio.
Após a queda, o alerta chegou à família por meio de turistas que também estavam na trilha e encontraram o perfil de Juliana nas redes sociais. Eles enviaram mensagens para contatos brasileiros, o que deu início à mobilização. O Parque Nacional de Rinjani suspendeu temporariamente o acesso às trilhas para concentrar os esforços de resgate.
O guia local Ali Musthofa, que acompanhava Juliana, negou ter abandonado a brasileira antes da queda. Segundo ele, a aconselhou a descansar e seguiu um pouco à frente, combinado que voltaria a vê-la logo adiante.
Ao notar o desaparecimento, procurou por ela e avistou o clarão de uma lanterna no barranco. “Percebi [que ela havia caído] quando vi a luz de uma lanterna em um barranco a uns 150 metros de profundidade e ouvi a voz da Juliana pedindo socorro. Eu disse que iria ajudá-la. Tentei desesperadamente dizer a Juliana para esperar por ajuda”, relatou. A causa exata da morte ainda será determinada pelas autoridades locais. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: O Globo)
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