Faleceu nesta terça-feira (4), aos 50 anos, Klaus Hee, conhecido por sua passagem pela banda Dominó e por atuar como assistente de palco no quadro Passa ou Repassa, do programa Domingo Legal.
O artista travava uma batalha contra um câncer intestinal diagnosticado em 2023, que se agravou com uma metástase no tórax em novembro do ano passado.
A notícia de seu falecimento foi anunciada por Ricky Colavitto, produtor musical, que lamentou a perda nas redes sociais: “Acabei de receber uma triste notícia. Após uma batalha contra um câncer, o ex-Dominó Klaus Hee descansou. Fizemos vários eventos juntos e tive a oportunidade de gravar com ele. Meus sentimentos a todos familiares e amigos. Descanse em paz!!”.
Klaus Hee passou por uma cirurgia em abril de 2023 para retirar um tumor maligno no intestino. Meses depois, em junho de 2024, precisou de uma intervenção emergencial para reparar uma complicação intestinal.
Em entrevista ao programa A Tarde É Sua, da RedeTV!, em novembro passado, ele relatou o drama: “Eu estava bem, mas de uns dois meses para cá, tive esse probleminha aí. Que poderia ter o risco de me levar a óbito por infecção generalizada. Vim de urgência, estava com muita febre. Foi muito duro para chegar aqui. Mas graças a Deus cheguei”.
Sobre a recuperação, ele disse: “Estou bem. Estou tomando banho sozinho e andando. A cirurgia foi um sucesso, sem intercorrências”. A operação envolveu um bypass, técnica usada para corrigir problemas intestinais e também comum em cirurgias bariátricas.
A trajetória de Hee começou na década de 1990, quando integrou a equipe do Passa ou Repassa, no SBT. Como cantor, ganhou destaque na boy band Dominó, grupo pop criado pela Promoart Shows, empresa de Gugu Liberato. Formada nos anos 1980, a banda vendeu cerca de 6 milhões de discos em seu auge, com hits como “Companheiro” e “Manequim”.
Hee ingressou no Dominó em 2001, substituindo Rodrigo Phavanello, e participou do relançamento do álbum autointitulado, com o single “La Bomba” — gravado em espanhol e sucesso na América Latina e Europa. Após sua fase musical, ele se dedicou à graduação em Educação Física, afastando-se dos holofotes.
O grupo
Concebido nos moldes da boy band porto-riquenha Menudo, o Dominó apareceu em 1984 com o sucesso “Companheiro”. Ao mesmo tempo em que o Menudo estava estourado no Brasil, o então apresentador do programa Viva a Noite, Gugu Liberato, através de sua agência Promoart, resolveu formar uma versão brasileira do grupo.
Para a formação, diversos garotos com idades entre 14 e 15 anos realizaram testes nos quais precisavam saber cantar e dançar.
Os selecionados foram Afonso Celso Lucatelli Nigro, Lenilson dos Santos (Nill), Marcos Roberto Quintela e Marcelo Henrique Rodrigues. Eles foram escolhidos entre 150 candidatos. Ainda em 1984, o grupo divulgou um compacto pela CBS Discos com as canções “Ela Não Gosta de Mim” e “Companheiro”, que foi a primeira música a estourar nas rádios, com direito a videoclipe lançado no programa Fantástico.
Logo depois do ano de 1992, o grupo perdeu relevância nas rádios. Porém, em 1997, a boy band brasileira reapareceu e voltou a fazer sucesso, graças à canção “Baila Baila Comigo”. Esta formação era composta por Rodrigo Phavanello, Héber Albêncio, Rodriguinho e Cristiano Garcia.
Em 2001, com a saída de Rodrigo Phavanello, quem entrou no grupo foi Klaus Hee. Foi então que o grupo relançou o álbum (dessa vez autointitulado) e a novo single “La Bomba”. Carro chefe do álbum e gravada em espanhol, a música foi um sucesso na América Latina e na Europa com o grupo boliviano Azul Azul.
