No Senado, Sergio Moro e petista Contarato discutem sobre prisão de Lula

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O senador Sérgio Moro teve um pequeno bate-boca com o senador petista Fabiano Contarato, durante uma votação na CCJ do Senado, nesta quarta (29). A discussão começou durante o debate sobre um projeto que proíbe a contratação de pessoas condenadas por crimes hediondos pela Administração Pública.

Sergio Moro apresentou uma emenda — sugestão de alteração ao projeto — pedindo para incluir crimes contra a Administração Pública ao rol de delitos que impedem uma pessoa de assumir cargos no poder público.

Contarato aproveitou o momento para atacar Moro e questionar o “valor” do Senador e fez referência à prisão de Lula que ficou, segundo o senador petista, “580 dias preso ilegalmente”.

Segundo Contarato, Moro utilizou do instrumento processual para levantar o sigilo de Dilma Rousseff e atuado politicamente para interferir nas eleições de 2018 e impedir Lula de disputar o pleito, a velha teoria petista de interesse de Sérgio Moro nas eleições de 2018 para ganhar cargo no governo Bolsonaro.

“Ele (Moro) violou o contraditório e a ampla defesa. Ele violou o que é mais sagrado dentro do processo penal. Os fins não justificam os meios. Não soube se portar como juiz. Não satisfeito, integrou o Ministério da Justiça daquele que ele ajudou a eleger e saiu denunciando por interferência na Polícia Federal. No âmbito privado, foi advogar para uma empresa, pasmem, que foi o principal alvo da operação. Olha, minha gente, nós temos que preservar um dos principais bens jurídicos que é a liberdade”, disse Contarato. “Foi reconhecido que o senhor foi suspeito. Isso é a pior chaga”, complementou.

Moro se defendeu e afirmou que Lula foi condenado pelo “roubo da Petrobras”, mas afirmou que foi eleito para discutir e propor pautas, não debater sobre a Lava Jato.

“Eu fui eleito Senador para defender as pautas, eu não vim aqui discutir Operação Lava Jato. Agora, eu repudio as palavras ofensivas de Vossa Excelência contra a minha pessoa. Eu não vou falar aqui do roubo da Petrobras de R$ 6 bilhões nos Governos do PT, do seu partido. Eu não vou falar aqui que a condenação do Presidente da República foi feita não só por mim, mas por três juízes em Porto Alegre, por cinco juízes no STJ. E a anulação, depois, foi por motivos formais. Ninguém declarou o presidente inocente”, declarou.
O ex-juiz se defendeu com ao lembrar o “roubo da Petrobras de R$ 6 bilhões nos governos do PT”. Assista abaixo um resumo da discussão!

 


Fonte: Correio Brasiliense

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