Nesta sexta-feira (3), o ministro Alexandre de Moraes determinou a soltura de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência e delator. Na decisão, Moraes manteve o acordo de delação firmado com o militar, assim como as medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.
O Exército foi notificado no início da tarde desta sexta-feira sobre a confirmação da soltura. A expectativa é que Cid deixe o Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, ainda hoje. Na decisão, Moraes afirmou que Cid compareceu à Diretoria de Inteligência da PF após sua detenção em março e prestou novos depoimentos, fornecendo “informações complementares sobre os áudios divulgados”.
O ministro também considerou que, em seu pedido de soltura, Cid reafirmou a validade dos relatos feitos até então no âmbito das investigações, especialmente em relação ao ex-presidente Bolsonaro.
“Nessas circunstâncias, reduziu-se a percepção de risco para a instrução criminal e para a aplicação da lei penal. A pretensão de revogação da custódia cautelar parece reunir suficientes razões práticas e jurídicas, merecendo acolhimento, sem embargo de serem retomadas integralmente as medidas cautelares diversas da prisão anteriormente impostas ao investigado”.
Esta é a segunda vez que Cid é solto. Ele deixou a prisão em setembro do ano passado, após fechar acordo de delação premiada. No entanto, Moraes determinou sua prisão novamente em março deste ano, após a divulgação de áudios nos quais ele criticava o ministro do Supremo e a PF, afirmando que os investigadores já tinham uma “narrativa pronta” sobre os fatos que ele deveria relatar.
Os áudios foram revelados pela revista Veja na noite de 21 de março, e Cid foi intimado a prestar depoimento no STF no dia seguinte. E mais: Loja da Havan é inundada no Rio Grande do Sul. Clique AQUI para ver. (Foto: Agência Senado; Fonte: UOL)