Moraes dá 5 dias para PF tomar depoimento de Valdemar após reportagem da Veja

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Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal colha o depoimento de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, no prazo de cinco dias, em resposta a uma reportagem publicada na revista Veja em 27 de julho de 2024. A decisão está em sigilo, conforme apurou o portal Poder360.

De acordo com a Veja, Valdemar afirmou à Justiça da Flórida, nos Estados Unidos, que o PL era alvo de perseguição pelo STF e por um ministro da Corte, sem mencionar nomes específicos.

Este processo ocorre na Justiça da Flórida devido à separação conturbada de Valdemar de sua ex-mulher, Maria Christina, em 2004. Após a separação, Maria Christina se mudou para os EUA e recentemente foi processada pelo ex-marido por uma publicação nas redes sociais onde comentou sobre o passado de Valdemar, condenado e preso pelo esquema do mensalão. Em resposta, Valdemar solicitou uma indenização de 50.000 dólares, alegando ter uma reputação ilibada.

Durante o imbróglio judicial nos EUA, Valdemar foi alvo de uma operação de busca e apreensão em fevereiro deste ano, resultando em sua prisão por posse de uma arma de fogo com registro vencido. Ele foi solto dois dias depois, mas teve seu passaporte apreendido, impedindo sua presença física na audiência nos Estados Unidos. Em um comunicado à Corte americana, Valdemar mencionou a operação da PF e argumentou que a Justiça brasileira é adversária de seu partido.

“Em fevereiro de 2024, houve uma investigação iniciada por um membro do STF (que é conhecido por estar em oposição ao Partido Liberal – PL) contra aproximadamente 30 pessoas relacionadas ao partido por causa de alegações de que elas estariam envolvidas na conspiração de um suposto golpe após as últimas eleições presidenciais”, declarou Valdemar à Justiça americana, conforme relatado pela Veja.

Ele afirmou ainda que, “para sua surpresa”, foi preso durante a operação, por um motivo que não tinha ligação com as investigações em curso. “Dada a natureza trivial das acusações, eu acredito, e é de conhecimento geral no Brasil, que essa prisão teve motivação política”, acrescentou.

Para Moraes, Valdemar atribuiu “condutas inverídicas” aos magistrados da Corte e aos delegados da PF. A decisão de Moraes, datada de 30 de julho, estipula o depoimento de Valdemar até o sábado (3), mas até a publicação desta reportagem, ele ainda não havia sido ouvido pela PF.

Moraes destacou o trecho da reportagem que fundamentou sua decisão: “Dada a natureza trivial das acusações, eu acredito, e é até de conhecimento geral no Brasil, que essa prisão teve motivação política”. E mais: Bolsonaro e Tarcísio formalizam apoio à reeleição de Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Poder360; Veja)

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