Nesta quinta-feira (16/5), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a soltura do coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro. Detido no Setor Militar Urbano, Câmara será liberado sob a condição de utilizar tornozeleira eletrônica.
Além disso, Câmara está proibido de sair de Brasília e deve se apresentar semanalmente à Vara de Execuções Penais do Distrito Federal. Moraes também determinou o cancelamento do porte de arma de fogo e do registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) do militar, bem como a proibição de contato com outros investigados no caso, mesmo através de terceiros.
Marcelo Câmara foi preso em 8 de fevereiro deste ano, por ordem de Alexandre de Moraes, como parte da operação Tempus Veritatis (Hora da Verdade), da Polícia Federal. O inquérito conduzido pelo ministro do STF investiga uma suposta ‘tentativa de golpe de Estado’ durante o governo do ex-presidente Bolsonaro.
A decisão de Moraes ocorre um dia após ele ter rejeitado mais um pedido de soltura de Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência durante o governo Bolsonaro. Martins também está preso desde 8 de fevereiro na mesma operação.
A prisão de Martins baseou-se na acusação de que ele teria deixado o Brasil em um avião presidencial no dia 30 de dezembro de 2022, junto com o então presidente Jair Bolsonaro. A Procuradoria-Geral da República já se manifestou pela soltura de Martins no dia 1º de março de 2024.
No último pedido apresentado, no dia 23 de abril, a defesa juntou uma resposta do ‘U.S. Customs and Border Protection, do Department of Homeland Security’, órgão responsável pela entrada de estrangeiros nos Estados Unidos, a um pedido da defesa sobre o registro de entrada de Martins no país.
O órgão americano disse que seu sistema não possui registro da entrada dele em Orlando na data de 30 de dezembro de 2022, quando Bolsonaro e comitiva pousaram no país. E que sua última entrada ocorrera em setembro de 2022, por Nova York.(Foto: STF; Fontes: Metrópoles; CNN)
