Alexandre de Moraes determinou a prisão de empresários do Distrito Federal por conta do episódio de ‘8 de janeiro’, ignorando parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR). Adauto Lucio de Mesquita e Joveci Xavier de Andrade, sócios da rede ‘Melhor Atacadista’, foram presos na 25ª Operação Lesa Pátria.
Segundo a Folha de São Paulo, Moraes destacou que a PGR atendeu parcialmente à representação da PF, opondo-se às prisões preventivas, mas a favor das quebras de sigilo bancário, telefônico e telemático. A Procuradoria também recomendou solicitar à empresa Meta acesso às mensagens do WhatsApp e dados de outras redes sociais.
Essa conduta de ignorar a PGR tornou-se comum nos inquéritos de Moraes durante a gestão de Aras na PGR, sendo criticada por advogados e especialistas em direito penal.
De acordo com informações da Polícia Civil do DF citadas pelo ministro, os empresários alugaram um trio elétrico por R$ 1.000 para a manifestação de 8 de janeiro, que resultou na invasão de prédios públicos. Eles também forneceram banheiros químicos, tendas e alimentação ao acampamento em frente ao Quartel-General do Exército.
A PF baseou o pedido de prisão em três pontos: os financiamentos para eventos, a influência dos empresários e o risco de fuga. Moraes concordou com a PF, autorizando quebras de sigilo e determinando apreensão de passaportes, suspensão de registros e apreensão de armas, se houver, e dinheiro em espécie.
A defesa dos empresários nega as acusações, afirmando que ninguém esperava a escalada violenta dos eventos do ‘8 de janeiro’. Eles ressaltam a importância de separar responsabilidades e individualizar as condutas dos envolvidos.
Ninguém de boa fé que participou da manifestação saberia dizer que aquilo culminaria no futuro com depredação deplorável que nos machucou a todo mundo que tem espirito público democrático. Isso também é sentimento do Adauto, do Joveci, que jamais quebrariam um copo público”, disse Castro.
“É importante que a gente separe o joio do trigo, quem realmente cometeu dano que responda. Não é porque eventualmente esteve na manifestação, até então pacífica, que você tem que ser condenado por isso. Tem que individualizar as condutas”, completou. E mais: Bolsonaro visita Piracicaba e Santa Bárbara D´Oeste, no interior paulista. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: Folha de SP)